África

Violência em Trípoli alarma ONU e ameaça civis

Os combates começaram na última segunda-feira (12), após o assassinato do líder miliciano Abdelghani al-Kikli, chefe do grupo Apparatus de Apoio à Estabilização

Na última quinta-feira (15), a Organização Internacional para Migrações (OIM) da ONU expressou alarme com a escalada de violência em Trípoli, capital da Líbia, onde confrontos entre forças leais ao primeiro-ministro Abdulhamid Dbeibah e milícias rivais deixaram ao menos seis mortos e dezenas de feridos nos últimos três dias. A OIM alertou para o risco de deslocamento em massa e perigo aos civis, pedindo a imediata cessação das hostilidades para evitar uma crise humanitária.

Os combates começaram na última segunda-feira (12), após o assassinato do líder miliciano Abdelghani al-Kikli, chefe do grupo Apparatus de Apoio à Estabilização (SSA), derrotado pela Brigada 444, alinhada a Dbeibah. Na terça-feira (13), o governo reconhecido pela ONU anunciou que começava a retomar o controle, e um cessar-fogo entrou em vigor na quarta-feira (14). No entanto, relatos de testemunhas citados pela rede catarense Al Jazeera indicaram que os confrontos persistiram, com apoiadores do SSA declarando que a morte de Kikli “apenas fortalece nossa determinação de perseguir incessantemente os envolvidos, onde quer que estejam”.

A OIM declarou estar “alarmada com a recente escalada de violência” e destacou o “grave risco de deslocamento em massa e perigo aos civis”. A organização pediu que as partes em conflito suspendam as hostilidades imediatamente. Segundo a agência de notícias Reuters, os confrontos são os piores em anos, reacendendo temores de que a Líbia, já fragmentada, mergulhe em um conflito generalizado, enquanto o governo reprime milícias rivais.

Desde a revolta apoiada pelo imperialismo que derrubou e assassinou o líder Muammar Gaddafi em 2011, a Líbia está dividida entre o governo reconhecido pela ONU em Trípoli, liderado por Dbeibah, e o governo baseado em Tobruk, no leste, controlado pelo general Khalifa Haftar, comandante do Exército Nacional Líbio (ENL), que reúne antigos simpatizantes de Gaddafi. O conflito transformou-se em uma guerra por procuração regional, alimentada por potências estrangeiras. A Turquia apoia o governo de Trípoli, enquanto Emirados Árabes Unidos, Egito e Jordânia respaldam as forças de Haftar.

Na quinta-feira (15), escolas, a universidade, o aeroporto e o porto de Trípoli permaneceram fechados, com residentes abrigados em suas casas. Comércios foram interditados, exceto algumas lojas em áreas periféricas, que relataram escassez de produtos, conforme a agência de notícias turca Anadolu.

Dados da ONU indicam que, desde 2011, mais de 1,3 milhão de líbios foram deslocados internamente, e 700 mil dependem de ajuda humanitária. A violência recente agrava a crise, com o sistema de saúde da capital sobrecarregado, segundo a Organização Mundial da Saúde. A Líbia, que possui as maiores reservas de petróleo da África, segundo a OPEC, continua refém de disputas pelo controle de recursos e poder, enquanto a população enfrenta insegurança e instabilidade.

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