Nesta terça-feira (7), daqui a cinco dias, o Partido da Causa Operária e o Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal) realizarão um ato público para celebrar os dois anos da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, deflagrada pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e todas as organizações armadas palestinas. A manifestação acontecerá na sede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). O local do evento teve de ser alterado depois de uma campanha de provocações de representantes do sionismo no Brasil.
Considerada um marco na luta dos povos oprimidos, a operação realizada em 7 de outubro de 2023 foi um feito que pegou de surpresa o sistema de segurança israelense. A penetração em múltiplas áreas de fronteira, a tomada de bases militares e o sequestro de soldados deram uma grande demonstração da ineficácia dos sistemas de vigilância e inteligência de “Israel”, anteriormente considerados invencíveis.
Durante os dois anos de guerra, a Resistência relatou a destruição de dezenas de tanques e blindados, principalmente Merkava, utilizando mísseis antitanque. Essa capacidade é uma prova de que a Resistência pode enfrentar a superioridade militar de “Israel” e neutralizar seu equipamento de ponta.
A captura de soldados e oficiais israelenses também foi parte decisiva da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, pois se tornou uma ferramenta de barganha para a libertação de prisioneiros palestinos. A manutenção dos prisioneiros ainda tem permitido a Resistência a aumentar a pressão sobre a sociedade israelense contra o seu próprio governo.
A capacidade de manter a luta ativa, mesmo diante da intensiva campanha militar israelense, é um feito verdadeiramente extraordinário. Apesar do poderio aéreo e terrestre de “Israel”, a Resistência continua a disparar foguetes, realizar emboscadas e se engajar em combates diretos, infligindo baixas ao inimigo.
As vitórias não ocorrem apenas no campo de batalha. Elas também conseguiram reverter a propaganda oficial do sionismo. Segundo várias pesquisas, a grande maioria dos palestinos apoia as ações da Resistência. Essa aprovação é apresentada como a prova de que a Resistência representa os anseios do povo palestino por autodeterminação e o fim da ocupação.
Ao mesmo tempo, pesquisas mostram um apoio cada vez maior da população de países imperialistas, como os Estados Unidos, ao Hamas e aos grupos guerrilheiros.
A resposta militar de “Israel” à operação de 7 de outubro expôs a violência e brutalidade da ocupação ao mundo. O alto número de vítimas civis e a destruição de Gaza, veiculados globalmente, ajudaram a reavivar o interesse internacional no conflito e colocaram a questão palestina em primeiro plano.
A guerra atual uniu as diversas organizações da Resistência palestina, assim como outros grupos aliados em diferentes frentes (como no Líbano, Iêmen e Iraque). O Eixo da Resistência se constituiu como um polo decisivo para a luta de classes internacional.
A convocação de uma manifestação pelo Partido da Causa Operária (PCO) e do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal) para o dia 7 de outubro, em celebração ao segundo aniversário do ataque do Hamas a “Israel”, gerou uma série de reportagens caluniosas na imprensa burguesa brasileira. Entre os órgãos que abordaram o tema, estão o portal Terra, o jornal O Globo, a revista Crusoé e a revista Oeste.
As matérias surgem no mesmo momento em que organizações não governamentais (ONGs) vinculadas ao Departamento de Estado norte-americano e deputados de extrema direita tentam impedir o PCO e o Ibraspal de realizar o ato em homenagem à brava resistência palestina. Contrariando a propaganda favorável às liberdades democráticas, a extrema direita entrou com representações no Ministério Público Estadual de São Paulo e no Ministério Público Federal contra o evento que acontecerá em 7 de outubro.
Diante da pressão dos representantes do sionismo no Brasil, a Academia Paulista de Letras, que havia sido escolhida como sede do evento, cancelou a reserva do auditório. Nesta terça-feira (30), o PCO e o Ibraspal confirmaram que o ato acontecerá na sede da APEOESP, no bairro da República, em São Paulo, demonstrando que o movimento de apoio à resistência palestina não baixará a cabeça para as provocações sionistas.





