Venezuela

Vencedora do Nobel da Paz quer guerra contra o próprio povo

María Corina Machado declarou que apoiará uma ação militar norte-americana contra seu país

A fascista María Corina Machado, líder da oposição venezuelana que procura derrubar do regime chavista, declarou que o aumento da presença militar dos Estados Unidos na costa da Venezuela poderia ajudar a provocar uma mudança de regime. Curiosamente, a mulher que está pedindo guerra contra o próprio país acabou de ser laureada com o Prêmio Nobel da Paz deste ano.

O governo norte-americano acusou Maduro de ter laços com cartéis de drogas, chamando-o de “narcoterrorista”. No início deste ano, o presidente dos EUA, Donald Trump, enviou uma armada naval para o Caribe ocidental e, desde setembro, as forças dos EUA têm atacado embarcações na costa da Venezuela.

Relatos da imprensa dizem que o governo norte-americano está expandindo sua presença naval, com analistas sugerindo que a missão pode ir além do combate ao narcotráfico. Trump negou estar planejando ataques diretos dentro da Venezuela, mas teria revisado uma lista de possíveis alvos.

Perguntada no The Mishal Husain Show da agência Bloomberg se apoia a ação militar dos EUA, Corina Machado disse: “Acredito que a escalada que está ocorrendo é a única maneira de forçar Maduro a entender que é hora de ir embora”.

Ela alegou que Maduro tomou o poder “ilegalmente” na eleição do ano passado, da qual ela foi impedida de participar. Machado também afirmou que o candidato da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia venceu a eleição. Derrubar Maduro, disse ela, não seria “mudança de regime na maneira convencional”, já que ele “não é o presidente legítimo”, mas sim “o chefe de uma estrutura narcoterrorista.”

“Isto não é mudança de regime, é fazer valer a vontade do povo venezuelano”, declarou cinicamente.

Acontece que nem Machado, nem o candidato derrotado conseguiram comprovar que houve qualquer tipo de fraude nas eleições — o que, de todo modo, não justificaria uma intervenção estrangeira. O que se viu nos dias seguintes ao pleito foi a mobilização massiva das massas em apoio ao governo chavista, fortalecendo Nicolás Maduro para reprimir os atentados contrarrevolucionários denominados de “guarimbas”.

Maduro acusou Machado de canalizar fundos dos Estados Unidos para grupos “fascistas”, chamando-a de fachada para a interferência norte-americano nos assuntos venezuelanos. Machado tem tido contatos próximos com o governo dos Estados Unidos há décadas. Em 2005, o então presidente George W. Bush a recebeu no Salão Oval.

Perguntada se a força militar dos EUA é a única maneira de remover Maduro, Machado disse que a ameaça por si só poderia ser suficiente: “era absolutamente indispensável ter uma ameaça real”. Ela acrescentou que a oposição venezuelana está “pronta para assumir o governo”, apoiada pelos militares e pela polícia, alegando que “mais de 80% deles estão se juntando e farão parte desta transição ordenada assim que ela começar”.

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