Surgiu na imprensa burguesa uma notícia que impactou a população. A informação que circula é a possibilidade de apagão em vários estados do Brasil.
Logo surge a desculpa de essa ameaça se deve ao aumento do consumo do verão, o que poderia causar um colapso na rede por falta de geração. Como se o Brasil não fosse um país tropical, com calor forte todos os anos.
Outro pretexto é o de que o País teria aumentado seu setor produtivo e a rede não estaria suportando esse “aquecimento da produção”. Quando todos sabem que a indústria opera muito baixo da sua capacidade, com enorme ociosidade, após anos de retrocesso.
Um relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aponta, no entanto, que há uma sobrecarga da rede elétrica em razão do aumento da produção de energia por paineis solares em casas e comércios.
Após a repercussão da divulgação do relatório, o ONS emitiu uma nota à imprensa destacando que “o Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN (PAR/PEL) não aponta risco iminente de apagão no Brasil“. Segundo o ONS, o documento, produzido anualmente, apresenta avaliações do desempenho elétrico do Sistema Interligado Nacional (SIN) no horizonte de cinco anos à frente, de modo que a operação futura ocorra com qualidade e equilíbrio entre segurança e custo.
Na verdade, essa crise fabricada com a ameaça de apagão, é o resultado da privatização do setor energético e da política dos países ditos desenvolvidos que dificultam e impedem os países em desenvolvimento de gerarem energia, terem autonomia, pois energia é um dos pilares para o desenvolvimento.
O que fica claro é o movimento de parte da burguesia que assumiu o controle do setor de energia após a privatização, que consiste em aumentar abusivamente o preço da energia em nosso país.
As contas ficam cada vez mais caras, mas nem o fornecimento de energia os tubarões capitalistas conseguem garantir.