Nesta segunda-feira (28), autoridades venezuelanas anunciaram o desmantelamento de três planos terroristas orquestrados pela Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, com o objetivo de desestabilizar o governo bolivariano.
De acordo com declarações oficiais, os planos incluíam um ataque armado na Plaza Venezuela, uma agressão direta contra a antiga embaixada dos Estados Unidos em Caracas e um atentado de “autoataque” – uma tática clássica de bandeira falsa, para justificar intervenções externas. Graças a uma coordenação precisa entre órgãos de inteligência e segurança, três indivíduos foram detidos em flagrante, portando materiais incriminadores que ligam diretamente as ações à CIA.
“Esses telefones falam (…). O que encontramos é ouro puro: CIA, vinculado a setores daqueles que odeiam a Venezuela”, afirmou o vice-presidente setorial de Política, Segurança Cidadana e Paz, e ministro de Relações Interiores, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, durante uma coletiva de imprensa. Os aparelhos apreendidos continham manuais operacionais da agência norte-americana, detalhando estratégias de execução e contatos internacionais.
O presidente Nicolás Maduro, em pronunciamento, associou as ações à política de rapinagem dos Estados Unidos. “O que busca a classe econômica que hoje detém o poder nos EUA é o petróleo, o gás e o ouro da Venezuela. Eles querem nossa riqueza”, declarou Maduro, rebatendo acusações infundadas de narcotráfico usadas como pretexto para sanções e intervenções. Ele destacou os esforços venezuelanos no combate às drogas: “do pouco percentual de 100% da cocaína produzida na Colômbia… apenas 5% tenta passar pela Venezuela, e desse 5%, nós estamos capturando quase tudo, queimando e destruindo”.
As investigações prosseguem para identificar redes internacionais envolvidas, com base em relatórios qualitativos e quantitativos acumulados ao longo dos anos. Historicamente, a Venezuela tem enfrentado tentativas semelhantes, desde o golpe de 2002 até as sanções econômicas recentes.
O desmantelamento desses planos ocorre em um momento de tensões regionais elevadas, com a América Latina emergindo como palco de disputas políticas do imperialismo.





