Nesta quinta-feira (27), Martin De Luca, ex-promotor federal dos EUA, advogado da Trump Media e da Rumble, e membro do novo governo norte-americano, esteve em Banja Luka, capital de fato da República Sérvia, uma das duas entidades que forma a unidade territorial do país Bósnia-Herzegovina (BiH).
A visita de De Luca ocorre como parte das medidas tomadas pelo governo Trump contra a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), ONG norte-americana fundada na década de 1960 e responsável por milhares de golpes de Estado contra centenas de países oprimidos.
Durante a visita, De Luca, em entrevista à emissora RTRS, afirmou que durante os últimos quatro anos, a USAID gastou US$402 milhões na Bósnia, sendo que, desse total, US$250 milhões estariam desaparecidos. Segundo o advogado, “o presidente Trump está muito determinado a investigar e investigar tudo o que aconteceu o mais rápido possível”, acrescentando que “não há descrição dos projetos e não está claro onde os US$ 250 milhões na Bósnia foram parar” e que “todas as pessoas responsáveis, independentemente de serem cidadãos dos EUA ou estrangeiros, devem ser levadas à justiça”.
A visita ocorre um dia depois de golpe de Estado ter sido perpetrado contra Milorad Dodik, presidente da República Sérvia, condenado em primeira instância a um ano de prisão e seis de inelegibilidade pelo Tribunal Constitucional da Bósnia-Herzegovina. O pretexto da condenação seria Dodik ter “desafiado” ordem de representante da paz da ONU no país, agente do imperialismo que tem a função de manter a região da antiga Iugoslávia estável após as guerras que levaram à fragmentação do antigo Estado operário em vários países menores.