Neste sábado (30), o Iêmen confirmou o martírio do primeiro-ministro Ahmad Ghaleb al-Rahawi e de vários ministros após um ataque israelense realizado em Saná na quinta-feira (28). Ahmad Ghaleb al-Rahawi foi morto junto com vários ministros.
Em um comunicado, a presidência do Iêmen confirmou que, em meio à batalha em andamento e declarada contra “Israel”, o país perdeu grandes mártires de sua liderança nacional.
“Em defesa da situação do povo palestino, o Iêmen tem travado a batalha da conquista prometida e da jihad sagrada, conquistando imensa honra e, em sua causa, apresentou comboios de mártires dos heróis das forças armadas e outros filhos do grande povo iemenita que carregaram a bandeira e prometeram a Deus permanecerem firmes na verdade, não importa o custo.”
O comunicado destacou que as autoridades iemenitas foram mortas em um ataque israelense que as atingiu durante uma sessão de rotina para discutir e avaliar o desempenho anual do governo iemenita. A presidência iemenita prometeu que as instituições estatais continuarão a fornecer serviços ao povo iemenita, declarando:
“Reafirmamos ao nosso grande povo iemenita e prometemos que o governo, com a ajuda de Deus Todo-Poderoso, desempenhará seu papel dentro da estrutura de suas funções interinas. As instituições estatais continuarão a fornecer serviços ao povo iemenita, firme e paciente, e não serão afetadas, não importa a magnitude da tragédia.”
O comunicado concluiu reafirmando aos iemenitas, ao oprimido povo palestino, a toda a comunidade muçulmana) e a todos os povos livres do mundo o apoio contínuo do Iêmen ao povo de Gaza. Também se comprometeu a perseverar na construção e desenvolvimento das capacidades das forças armadas iemenitas para enfrentar todos os desafios e perigos — uma postura apoiada, de acordo com o comunicado, pelo grande povo iemenita que está presente em todos os campos e arenas com inabalável determinação, vontade e fé.
Além de al-Rhawasi, foram mortos:
- Samir Muhammad Ahmad Baj‘alah, ministro dos Assuntos Sociais
- Ridwan Ali Ali Al-Ruba‘i, ministro da Agricultura
- Mu‘in Hashim Ahmad Al-Mahaqiri, ministro da Economia
- Mujahid Ahmad Abdullah Ali, ministro da Justiça
- Hashim Sharaf al-Din, ministro da Informação
Pouco depois do anúncio do martírio, o chefe do Supremo Conselho Político do Iêmen, Mahdi al-Mashat, anunciou a nomeação de Mohammad al-Moftah como primeiro-ministro interino.
Por sua vez, Mohamed Nasser al-Atifi, Ministro da Defesa do governo de Saná, afirmou a prontidão das forças armadas em todos os níveis para confrontar “Israel”. Ele acrescentou que a liderança política vem tomando todas as medidas necessárias para enfrentar a entidade sionista, enfatizando que “não importa a escala de sua conspiração, ela falhará”.
O Ansar Alá, partido revolucionário que dirige o Estado iemenita, publicou um comunicado lamentando a morte do falecido primeiro-ministro e seus colegas, prometendo que as instituições governamentais continuarão a servir o povo iemenita e não serão detidas, não importa os custos.
Na quinta-feira (28), a capital iemenita, Saná, foi atingida por mais de 10 ataques aéreos israelenses, resultando em mortes e feridos, relatou um correspondente da emissora libanesa Al Mayadeen. Enquanto o exército israelense alegou ter como alvo vários altos líderes militares, incluindo o chefe do Estado-maior iemenita, autoridades iemenitas afirmaram que os ataques aéreos atingiram áreas residenciais e civis.

Alguns dias antes, a ocupação israelense tinha como alvo um depósito de derivados de combustível com vários ataques na Rua 60, no setor sudoeste de Saná.
O chefe do Conselho Político Supremo do Iêmen, Mahdi al-Mashat, prometeu retaliação e fez um apelo ao boicote a “Israel”.
O presidente do Conselho Político Supremo do Iêmen, Mahdi al-Mashat, confirmou que o governo de Mudança e Construção continuará atuando em caráter interino, enfatizando que o sangue de al-Rahawi e de seus ministros servirá como catalisador para a resiliência, a reconstrução e a continuidade do caminho.
Em discurso na noite de sábado, al-Mashat acrescentou que “nossos grandes mártires assumiram sua responsabilidade com pleno mérito durante o período mais difícil da história do Iêmen e cumpriram suas promessas de apoiar Gaza”, destacando que as instituições estatais continuarão a prestar serviços ao povo iemenita.
Ele também prometeu vingança pelo crime israelense, dirigindo-se aos israelenses: “nós teremos nossa vingança, e forjaremos a vitória a partir da profundidade de nossas feridas. Nossa vingança é implacável, e dias negros os aguardam.”





