A cidade de Teerã, capital da República Islâmica do Irã, foi bombardeada pelas forças aéreas do Estado nazista de “Israel” na noite dessa quinta-feira (12), horário de Brasília.
Até o fechamento desta edição, o número de mortos havia sido divulgado de maneira parcial. Segundo a imprensa iraniana, cinco civis foram assassinados e outros 20 ficaram feridos na área de Narmak, a leste de Teerã, como resultado do ataque israelense. Além disso, 50 civis, incluindo 35 mulheres e crianças, ficaram feridos no ataque israelense na área de Nobnyad, no norte do Irã.
Fontes oficiais do governo iraniano também anunciaram o martírio de várias crianças e do mais importante comandante militar do país persa, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, o major-general Hussein Salami.
Pouco tempo depois, também foi confirmado o martírio de Mohammad Bagheri, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da República Islâmica do Irã. O Estado-Maior das Forças Armadas da República Islâmica do Irã supervisiona todas as forças armadas, incluindo: o Artesh (o exército regular), a Guarda Revolucionária, o Basij (força paramilitar ligada à Guarda Revolucionária), a Força de Defesa Aérea, a Marinha e a Aeronáutica.
O Amir Habibollah Sayyari foi nomeado comandante interino do Estado-Maior das Forças Armadas da República Islâmica do Irã por decreto do aiatolá Ali Khamenei. O general Vahidi, por sua vez, foi nomeado comandante da Guarda Revolucionária.
Pouco após o primeiro ataque, as Forças de Ocupação de “Israel” emitiram um comunicado, admitindo publicamente o bombardeio. O texto alega que “dezenas de alvos militares em várias partes do Irã” foram atingidos e que o objetivo da operação seria neutralizar o programa nuclear do país persa. Sem apresentar qualquer prova, “Israel” acusa a República Islâmica de ter urânio enriquecido suficiente para fabricar 15 bombas nucleares em poucos dias.
No comunicado, as forças israelenses ainda alegam que alarmes foram disparados “para preparar a opinião pública para a possibilidade de ataques com foguetes em breve”.
Diversos vídeos e imagens divulgados mostram prédios residenciais completamente destruídos, incluindo cenas de crianças sob os escombros. Um dos bombardeios atingiu diretamente um edifício em Farahzad, bairro populoso da capital.
A imprensa oficial iraniana relatou que os cientistas nucleares de alto nível Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoun Abbasi foram martirizados durante os bombardeios.
Relatórios do canal da Guarda Cibernética dos Pasdaran indicam ao menos 20 explosões em diferentes pontos da cidade, com quatro impactos confirmados em áreas densamente povoadas. Foram divulgadas também imagens de corpos e cenas de desespero entre os moradores.
Ataques que o regime sionista realizou até agora em várias localidades do Irã
Teerã
- Qeytariyeh
- Niavaran
- Oeste de Teerã e Chitgar
- Leste de Teerã
- Mehrabad
- Diversos ataques ao bairro Mahallati
- Cidade Shahid Chamran (recentemente fundada)
- Uma torre em Kamraniyeh
- Narmak
- Saadat Abad
- Andarzgoo
- Complexo Orchid em Sattarkhan
- Cidade Shahid Daghayeghi (ataques generalizados)
- Farahzadi
- Quartel-General das Forças Armadas
- Azgol
- Residência de Ali Shamkhani
- Shahraara
- Complexo dos Professores da Praça do Livro de Saadat Abad
- Garmdarreh
- Guarda de Fronteiras de Teerã
Outras cidades e locais sensíveis
- Diversos ataques ao centro nuclear de Natanz
- Instalações de Parchin
- Diversas bases militares em Teerã
- Reator nuclear de Natanz
- Instalações próximas ao reator de Natanz
- Reator de água pesada de Arak
- Qom
- Khorramabad
- Hamedan
- Parchin
- Sweet Palace
- Tabriz
- Piranshahr, Azerbaijão Ocidental
- Kermanshah
- Ilam
- Arak
A ofensiva teve impacto imediato nos mercados internacionais. O preço do petróleo bruto subiu 5,2% em apenas 10 minutos após os primeiros relatos dos bombardeios. Diante da escalada, o regime sionista declarou estado de emergência por 48 horas e evacuou o aeroporto Ben Gurião, próximo a Telavive.
O partido iemenita Ansar Alá confirmou o lançamento de mísseis balísticos contra a entidade sionista, em solidariedade ao Irã e ao povo palestino.
Segundo a imprensa internacional, o governo dos Estados Unidos foi previamente informado pelo regime sionista sobre a ofensiva. Fontes ligadas ao ex-senador Marco Rubio afirmaram que os Estados Unidos não participaram dos ataques, mas que o político considera “legítimo” o direito de “Israel” à autodefesa. Ainda assim, todas as bases militares norte-americanas na região entraram em alerta máximo.
Horas depois do ataque, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que estava ciente dos ataques antes que eles ocorressem. Ele também afirmou que Washington forneceu sistemas de defesa a “Israel” nos últimos dias e estará ao lado de Telavive se necessário. Além disso, sem mencionar o ataque criminoso da entidade sionista, o mandatário norte-americano mais uma vez expressou a esperança de que o Irã retorne à mesa de negociações no próximo domingo.
Após o primeiro comunicado das Forças de Ocupação de “Israel”, o primeiro-ministro da entidade sionista, Benjamin Netaniahu, anunciou oficialmente o início de uma “operação sem precedentes” contra a República Islâmica do Irã. A operação recebeu o nome de “Um povo como o leão” e, segundo o regime sionista, tem como objetivo declarado destruir o programa nuclear iraniano. “Atingimos o coração do programa de enriquecimento de urânio, bombardeamos Natanz e outros centros de pesquisa. Também miramos cientistas iranianos e a espinha dorsal do programa de mísseis balísticos do país”.
Segundo a rádio militar sionista, uma segunda rodada de bombardeios foi iniciada e poderá se estender por várias semanas. Segundo a agência britânica Reuters, além de Teerã, várias outras províncias iranianas foram bombardeadas. Relatos confirmam explosões em Lorestan, Kermanshah e Khuzestão.
Em mais um sinal de escalada total, o regime sionista ativou o chamado Decreto 8, medida que convoca todos os reservistas para o serviço militar. A última vez que essa ordem foi acionada foi em 7 de outubro de 2023, no início da heroica Operação Dilúvio de Al-Aqsa.
Em resposta aos ataques, a televisão estatal iraniana informou que a defesa aérea do país opera a 100% de sua capacidade.
De acordo com fontes locais e com a rede de canais da Guarda Cibernética dos Pasdaran, um grande número de mártires, incluindo crianças, foi registrado após os bombardeios da força aérea sionista contra áreas residenciais de Teerã.
A televisão estatal iraniana confirmou que os ataques atingiram bairros densamente povoados da zona leste da capital, como Narmak e Hajji-Sadeghi, além de regiões próximas ao centro e ao oeste da cidade. Em uma das imagens divulgadas, é possível ver o corpo de uma criança entre os escombros de um edifício completamente destruído:

Segundo o canal Middle East Spectator, todos os lançamentos sionistas estão sendo realizados a partir do território iraquiano.
O ministro da Defesa do regime sionista declarou que “‘Israel’ chegou ao ponto sem retorno” e que “a guerra do Juízo Final com o Irã já começou”. A retórica apocalíptica revela o desespero de uma entidade que, cercada por todos os lados por forças da resistência, tenta sobreviver por meio de operações desesperadas e genocidas.
Além disso, foi confirmado que o Gabinete de Segurança do regime aprovou por unanimidade o ataque ao Irã, e que toda a operação está sendo coordenada diretamente com os Estados Unidos.
O comandante da Frente Interna de “Israel”, major-general Rafi Milo, emitiu um comunicado de emergência orientando toda a população a se abrigar imediatamente em locais protegidos. “Estamos diante de dias difíceis e complexos. Você deve evitar sair às ruas e permanecer em abrigos designados”, declarou Milo.
Até o fechamento desta edição, a operação israelense já contava com quatro ondas de ataques.
Na madrugada dessa sexta-feira (13), o líder da República Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, se pronunciou publicamente:
“O regime sionista cometeu, nesta madrugada, um crime vil em nosso amado país, revelando ainda mais sua natureza maligna ao atingir áreas residenciais. Deve esperar um castigo severo. A mão poderosa das forças armadas da República Islâmica não o deixará impune, com a permissão de Deus. Alguns de nossos comandantes e cientistas foram martirizados. Seus substitutos seguirão suas responsabilidades imediatamente. O regime sionista preparou para si um destino amargo e doloroso — e certamente o receberá.”
Ministérios do governo iraniano também emitiram notas condenando o ataque e apontando quais serão as próximas ações tomadas pela República Islâmica:
Ministério das Relações Exteriores
“Os ataques do regime sionista ao Irã constituem uma violação do Artigo 4, Parágrafo 2, da Carta das Nações Unidas e uma clara agressão à República Islâmica do Irã. Responder a essa agressão é um direito legal e legítimo do Irã, de acordo com o Artigo 51 da Carta das Nações Unidas, e as forças armadas da República Islâmica do Irã não hesitarão em defender a nação iraniana com todo o seu poder e da maneira que determinarem.
Os efeitos e consequências perigosos e de longo alcance da agressão do regime sionista contra nossa amada pátria, o Irã, serão de responsabilidade deste regime e de seus apoiadores.
As ações agressivas do regime sionista contra o Irã não podem ter sido realizadas sem a coordenação e permissão dos Estados Unidos. Consequentemente, o governo dos EUA, como principal apoiador deste regime, também será responsável pelos efeitos e consequências perigosos da manobra do regime sionista.”
Ministério da Defesa do Irã
“O regime sionista ilegítimo e criminoso revelou mais uma vez sua natureza vil e anti-humana nas primeiras horas de hoje, realizando um ataque covarde a uma cidade residencial dentro do território sagrado da República Islâmica do Irã e cometendo um ato aberto de brutalidade.
Neste ataque selvagem, violando flagrantemente todas as leis internacionais, vários civis inocentes, incluindo mulheres e crianças, juntamente com vários comandantes das Forças Armadas e cientistas deste país, foram martirizados, expondo ainda mais a essência assassina deste regime que mata crianças.
Ao apresentar condolências à grande nação iraniana e às estimadas famílias dos mártires, o Ministério da Defesa declara que, em obediência às ordens do Comandante-em-Chefe e com o apoio do povo, a mão poderosa das Forças Armadas da República Islâmica do Irã está pronta para aplicar uma punição severa e exemplar. O regime sionista, sem dúvida, pagará o preço total por esse crime.”
Exército da República Islâmica do Irã
“Em nome de Alá, o Clemente, o Misericordioso
Povo livre do Irã — irmãos e irmãs!
O regime sionista sanguinário e tirânico iniciou uma violação aérea da República Islâmica do Irã, atingindo vários locais em nosso país.
Até agora, evitamos abrir caminho para a guerra, mas o Exército, juntamente com o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, não tolerará essa agressão vil que mata crianças nem o derramamento do sangue puro de nossos compatriotas. Uma lição amarga aguarda Netanyahu.
Nosso querido povo deve manter a calma e a compostura. Rejeite quaisquer rumores que possam ser espalhados por agentes deste regime, mantenha-se afastado das guarnições militares e aguarde o momento do dever coletivo que será atribuído pelo exaltado Líder. Neste momento, as forças de combate do Exército e do IRGC estão engajadas em batalha nos céus.
Mais resultados serão comunicados à nação iraniana no devido tempo.”
Segundo informações do canal do Telegram da Guarda Revolucionária do Irã, citando dados disponíveis publicamente na Internet, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu, fugiu de Telavive rumo a um destino não divulgado:

Além disso, vários aviões militares norte-americanos e britânicos estariam fugindo da região:






