Na Universidade da Cidade de Nova York (CUNY, na sigla em inglês), pelo menos quatro professores adjuntos do Brooklyn College e uma estudante, Hadeeqa Arzoo Malik, presidente do grupo Estudantes pela Justiça na Palestina (SJP), enfrentam repressão por seu ativismo pró-Palestina. Os docentes foram demitidos, e Malik, suspensa por um ano, está banida de atividades estudantis.
As punições, que incluem a proibição de acesso aos campi da CUNY, são denunciadas como um expurgo ideológico. Uma audiência no Congresso dos EUA sobre “antissemitismo” nas universidades foi marcada para 15 de julho de 2025.
A repressão na CUNY tem raízes em anos de ataques ao movimento pró-Palestina. Em 2011, o professor Kristofer Petersen-Overton foi demitido por suas posições, sendo reintegrado após protestos. Em 2014, o SJP enfrentou taxas de segurança abusivas, e, em 2016, houve tentativas de suspender seus capítulos.
Desde 2023, a repressão se intensificou, com prisões em massa no Acampamento de Solidariedade a Gaza, em 2024 por grupos de direita. A administração da CUNY, pressionada por políticos sionistas, adota medidas como contratar seguranças privados e restringir eventos estudantis.
Os ataques visam silenciar a crítica ao sionismo e à ocupação israelense. O relatório Lippman, de 2024, recomendou punições mais duras e maior vigilância sobre protestos, enquanto figuras como a vereadora Inna Vernikov incitam a repressão. Estudantes e professores enfrentam ameaças, assédio e até revogação de vistos, em um momento de crescente controle estatal sobre universidades.
A luta dos ativistas da CUNY é parte de um movimento global contra a opressão do povo palestino. A repressão não é apenas contra o movimento pró-Palestina, mas um ataque à liberdade de expressão e à organização política.


