Em um movimento que expõe as intenções do imperialismo, a União Europeia (UE) anunciou um plano ambicioso para se preparar para uma possível guerra contra a Rússia até 2030, conforme revelado em uma matéria recente do Politico. O Defence Readiness Roadmap 2030 é uma declaração de intenções belicistas, onde os países capitalistas europeus, alinhados aos interesses dos Estados Unidos e da OTAN, buscam forçar a Rússia a uma confrontação inevitável.
Enquanto a imprensa burguesa pinta a Rússia como o agressor eterno, a realidade é que o país tem agido em defesa de suas fronteiras e interesses diante da expansão agressiva da OTAN para o Leste Europeu. A operação militar na Ucrânia em 2022 surge como uma resposta à provocação contínua: o golpe de 2014 na Ucrânia, patrocinado pelos EUA, que instalou um regime alinhado à UE e à OTAN, ameaçando diretamente a segurança russa. Agora, com esse novo plano da UE, fica claro que é o imperialismo que está empurrando a Europa para o abismo de uma guerra total, sob o pretexto de “preparação defensiva”.
De acordo com o documento da Comissão Europeia, os países da UE têm apenas cinco anos para se armar adequadamente contra uma suposta “ameaça russa”. A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, tem alertado para uma “guerra híbrida” russa, alegando que a UE planeja coordenar esforços militares para “proteger cada centímetro” de seu território. Essa retórica belicosa ignora o fato de que a Rússia, sob Vladimir Putin, tem repetidamente pedido negociações acerca da crise na Ucrânia, mas é recebida com sanções econômicas devastadoras e um aumento constante de tropas da OTAN em suas fronteiras.
O plano da UE inclui um aumento massivo nos gastos com defesa – estimativas apontam para a necessidade de centenas de milhares de tropas adicionais e bilhões de euros anuais extras, como destacado em análises independentes. Países como Alemanha, França, os pilares do imperialismo europeu, estão liderando essa carga, beneficiando indústrias armamentistas transnacionais enquanto as classes trabalhadoras europeias sofrem com cortes sociais e inflação galopante causada pelas próprias sanções contra a Rússia. A UE, ao contrário da paz, quer militarizar o continente, forçando a Rússia a uma postura defensiva que pode escalar para um conflito nuclear.





