Nesta terça-feira (4), Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, anunciou a aprovação de um pacote de US$158 bilhões para que os Estados-membros do bloco financiem suas indústrias de armamentos.
Von der Leyen declarou que o pacote faz parte do projeto ReArm Europe, cujo objetivo seria tornar a Europa “mais segura e resiliente”. Segundo ela, “estamos vivendo em tempos perigosos. A segurança da Europa está ameaçada de uma forma muito real”. Acrescentou ainda que “a Europa está pronta para aumentar massivamente seus gastos com defesa, tanto para responder à urgência de curto prazo de agir e apoiar a Ucrânia, como para abordar a necessidade de longo prazo de assumir mais responsabilidade por nossa própria segurança”.
A decisão foi tomada durante cúpula realizada em Londres no último domingo (2), em meio às tratativas entre os Estados Unidos e a Rússia para um acordo de paz na Ucrânia. No centro dessas negociações, o governo norte-americano busca obter acesso e controle sobre terras raras na região, minerais essenciais para a produção de tecnologia de ponta, inclusive militar.
Além do pacote bilionário, Von der Leyen também propôs que a União Europeia suspenda os limites impostos aos países membros em relação a gastos militares, o que poderia resultar em quase US$850 bilhões destinados à indústria armamentista. Destacou ainda que “uma nova era está diante de nós” e que “a Europa enfrenta um perigo claro e presente numa escala que nenhum de nós viu na nossa vida adulta”.
O anúncio ocorreu no mesmo dia em que o governo dos EUA suspendeu toda ajuda militar ao regime de Quieve e fechou parceria com a empresa taiwanesa TSMC para a construção de cinco fábricas de semicondutores nos EUA, em um investimento de US$100 bilhões.