Um relatório interno do Centro de Pesquisa e Informação do parlamento de “Israel”, obtido com exclusividade pela MintPress, expõe a dimensão da onda de suicídio que irrompe nas Forças de Ocupação de “Israel” (FDI) desde o início da guerra em Gaza. Entre janeiro de 2024 e julho de 2025 – período que abrange 19 meses de combates intensos –, foram registradas 279 tentativas de suicídio entre soldados da ativa e reservistas. Os dados, ainda não divulgados oficialmente pelo Ministério da Defesa, representam um enorme salto em relação aos índices anteriores a 7 de outubro de 2023.
Dos suicídios consumados, 78% ocorreram entre militares em zonas de combate, taxa quase dupla em comparação com os níveis registrados antes da mobilização em massa desencadeada pelo ação do Hamas. Para cada soldado que morreu por suicídio, outros sete também tentaram– proporção que evidencia a profundidade do desespero.
“Esses números são a ponta do iceberg”, alerta o psiquiatra militar Dr. Eli Cohen, ex-chefe do Departamento de Saúde Mental das Forças de Ocupação. “Eles não incluem veteranos que, após a desmobilização, enfrentam o trauma sozinhos”.
A escalada coincide com a convocação de mais de 300 mil reservistas– a maior desde a Guerra de Outubro, em 1973. Relatos de soldados desmobilizados falam em síndrome de estresse pós-traumático não diagnosticado, insônia crônica e sensação de abandono institucional. Relatos de reservistas de que serviram em Gaza descrevem a situação:
“Você volta para casa e ninguém entende. A guerra não acabou para mim – ela continua na minha cabeça.”
O número real de suicídios entre veteranos pode passar de 30% a 50%, já que muitos casos são classificados como “acidentes” ou “causas naturais” para preservar a imagem das FDI.





