Editorial

Uma farsa chamada Ibama

Empresa norueguesa que causa impacto ambiental negativo reconhecido pelo governo atua livremente no País

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) apresentou uma sequencia de falhas críticas na FPSO Peregrino, um navio-plataforma petroleiro, operado pela empresa norueguesa Equinor, antiga Statoil, em parceria com a Prio, antiga PetroRio, empresa brasileira privada com foco na produção de petróleo e gás, no Campo de Peregrino na Bacia de Campos, que é uma bacia sedimentar localizada na região da margem leste do país, entre os estados de Rio de Janeiro e Espírito Santo, na região sudeste do Brasil.

Em um documento obtido pelo portal Poder360, os técnicos disseram em “situações de risco grave e iminente”, no Documento de Fiscalização, em uma auditoria realizada entre os dias 11 e 15 de agosto. Com este parecer dos técnicos, no documento, a ANP determinou a paralização imediata das operações de extração de petróleo e gás, até que as falhas sejam resolvidas. “Durante esta ação de fiscalização foram identificadas diversas situações de risco grave e iminente que obrigam a lavratura desta medida cautelar de interdição”, diz o relatório. Com estes problemas e o documento realizado pela fiscalização, as ações da Prio caíram esta manhã de segunda-feira (18) cerca de 5% na bolsa B3, a bolsa de valores da cidade de São Paulo.

O impacto desta paralização compreende a interrupção da produção de 100.000 barris por dia. A Prio, responsável pela parte operacional do navio-plataforma FPSO Peregrino, comunicou que já está realizando os reparos necessários, com prazo entre 3 a 6 semanas para a finalização.

Os problemas apresentados e levantados no documento feito pela fiscalização dos técnicos, incluem estudos de risco desatualizados sem revisão desde 2016 nos aspectos de perigos e operabilidade e, desde 2012, não foram realizados os levantamentos de análises de escape, evacuação e resgates, em casos de necessidade de operações de problemas estruturais e operações de resgate.

Também estão incluídos os problemas relacionados à prevenção de acidentes, como os sistemas de detecção de fogo, cuja cobertura do navio-plataforma foi menor do que o previsto pela Equinor para com a Prio; a drenagem está comprometida com falhas no projeto e integridade estrutural, com vazamentos de fluídos; sistemas de comunicação de emergência degradadas sem a devida manutenção desde 2016, inclusive com proteções contra a explosão comprometidos, sem isolamento adequado; entre outros problemas apresentados no relatório técnico.

Enquanto a Bacia de Campos segue com problemas críticos causadas por uma empresa estrangeira, outro local com potencial de exploração econômica para fins de desenvolvimento nacional, inclusive para a soberania do País, a Margem Equatorial, segue impedida de sere explorada. A diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, define como uma “luta diária” a autorização para explorar o primeiro poço da Margem Equatorial:

Nossa batalha é diária até conseguirmos furar o primeiro poço na Margem Equatorial. Quero deixar mensagem importante para a sociedade: temos um histórico de perfurações no Estado do Amapá sem nenhum acidente“, enfatizou a diretora.

O principal entrave refere-se ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), responsável por questões de licitação e autorização para projetos econômicos em áreas de interesse ambientais ou de preservação, que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, atualmente gerido pela ministra Marina Silva, do partido Rede Sustentabilidade, financiado pelo Banco Itaú. Por que a mesma política não foi aplicada na Bacia de Campos?

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