Em meio a um período geral de crise histórica do capitalismo, o ano de 2024 foi marcado, por um lado, pelo agravamento da crise política de todos os regimes imperialistas do mundo e, por outro, pelo desenvolvimento geral das tendências de luta dos povos oprimidos pelo imperialismo.
Palestina e Rússia
Iniciada com a espetacular operação Dilúvio de Al Aqsa, no território invadido pelos sionistas, realizada pela Resistência Palestina, liderada pelo Hamas, em outubro de 2023, a rebelião do povo palestino seguiu de forma combativa ao longo de 2024, mesmo sob a intensa matança de civis promovida pelo regime de supremacia racial, nazista, de “Israel”(leia mais na página 8).
Ao lado dessa luta espetacular, a Rússia seguiu com sua vitoriosa guerra libertadora, fazendo fracassar, até o momento, a ofensiva que a OTAN (Organização Tratado Atlântico Norte), chefiada pelos EUA, buscou impor ao maior país do mundo, usando a Ucrânia como bucha de canhão e fazendo o país retroceder décadas, com estimativas de até um milhão de soldados mortos e feridos.
Cresce a luta dos oprimidos
A essas lutas decisivas contra o imperialismo se somaram, em 2024, a luta da China contra a provocação dos EUA em torno da questão de Taiwan e das várias iniciativas de guerra comercial contra o país, bem como o aprofundamento das lutas dos povos africanos contra a dominação do imperialismo francês e norte-americano na região.
Sob intensa pressão do imperialismo, os países capitalistas atrasados (BRICS) buscaram fortalecer o bloco econômico e político que conformam, com novas adesões e com um crescimento médio dos seus principais países acima do que foi alcançado pelas principais potências imperialistas.
Crise dos regimes políticos
As derrotas eleitorais e as crises políticas dos principais regimes políticos imperialistas foram também uma marca deste ano, com os principais candidatos e partidos imperialistas sendo ultrapassados nos EUA, Inglaterra, França e terminando o ano com um voto de desconfiança contra o governo alemão.
A derrota momentânea dos povos oprimidos diante do golpe (capitulação dos militares e ação orquestrada do imperialismo e seus aliados) na Síria, além de colocarem o país no caminho do esfacelamento, reafirmaram, além do caráter destrutivo do imperialismo, a covardia do nacionalismo burguês, na maioria dos casos incapaz de enfrentar e derrotar o imperialismo, onde se faz necessário mobilizar, pelos meios necessários, a classe operária e as massas dos países oprimidos.