O governo Donald Trump apresentou uma proposta de paz à Ucrânia na semana passada, com um prazo até quinta-feira (27) para ser respondida. O presidente dos Estados Unidos expressou com cautela um otimismo sobre os resultados das negociações em Genebra, sobre o plano de paz norte-americano para encerrar o conflito na Ucrânia, alegando que “algo bom” poderia estar acontecendo.
As delegações ucranianas e norte-americanas reuniram-se com apoiadores europeus importantes da OTAN em Genebra, no domingo (23), após o que a Casa Branca afirmou em um comunicado que um “quadro de paz atualizado e refinado” tinha sido elaborado, cabendo as decisões finais serem tomadas por Trump e pelo presidente ucraniano, Vladimir Zelensqui.
“Será mesmo possível que grandes progressos estejam sendo feitos nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia? Não acreditem até verem, mas algo bom pode estar acontecendo”, disse Trump em uma publicação na rede social Truth Social, nesta segunda-feira (24). O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou que os Estados Unidos e a Ucrânia fizeram um “progresso tremendo” na estrutura do acordo, ao mesmo tempo em que enfatizou que o acordo com a Rússia é essencial para que qualquer acordo se mantenha.
O plano original de 28 pontos não foi divulgado, porém diversas fontes noticiaram que ele inclui cláusulas que a Ucrânia e seus patrocinadores europeus rejeitaram anteriormente, como o reconhecimento de fato do controle russo sobre a Crimeia e o Donbas, o abandono da ambição da Ucrânia de ingressar na OTAN e a redução do tamanho de suas forças armadas. De acordo com a Reuters, os apoiadores europeus da Ucrânia apresentaram uma versão modificada da proposta que contesta os limites impostos às forças armadas da Ucrânia e as concessões territoriais para a Rússia.
O governo russo afirmou na segunda-feira (24) que a Rússia não recebeu nenhuma informação oficial sobre o resultado das negociações de Genebra, ou qualquer proposta revisada. A Rússia confirmou anteriormente ter recebido uma minuta do governo Trump, e o presidente russo Vladimir Putin observou na sexta-feira (21) que “ela poderia servir de base para um acordo de paz definitivo”.
Em uma declaração conjunta no sábado (22), os líderes europeus afirmaram que os 28 pontos apresentados pelos Estados Unidos e divulgados pela imprensa terão que ser alterados para incorporar as exigências europeias, não recusando que estes planos podem servir de base de negociação. Estes líderes incluem principalmente o chanceler alemão, o primeiro-ministro do Reino Unido e o presidente francês, manifestando preocupação com as sugestões de que o exército ucraniano seria reduzido em um acordo com a Rússia, criticando estes pontos de acordo com suas preocupações de uma suposta segurança europeia, questionando que primeiro precisaria ser aprovado pela OTAN e depois pela Europa e seus aliados.





