Na última segunda-feira (24), o deputado federal mineiro Aécio Neves, que recentemente assumiu a presidência nacional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), em entrevista à imprensa, declarou que a sigla vai “ganhar musculatura para voltar a falar grosso na política” e que, nas próximas eleições, o partido não vai apoiar “candidatura da família Bolsonaro, nem Lula em 2026”.
Nas últimas décadas, o PSDB demonstrou ser o partido mais capacho das políticas do imperialismo, do grande capital financeiro nacional e internacional, da aplicação do programa neoliberal das privatizações, do Plano Real, dos juros altos, da destruição do parque industrial etc. Foi o principal polo de oposição aos governos petistas, atuando na liderança do golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff (2016), via impeachment fraudulento.
Ao contrário da maioria da esquerda, que apoiou o processo-farsa do STF e ainda comemorou as condenações e a prisão de Jair Bolsonaro como “medidas de justiça”, este Diário, já há bastante tempo, vem denunciando que, na verdade, trata-se de uma operação política dos grandes capitalistas que busca retirar das próximas eleições as duas principais lideranças populares do País. Ou seja, eles não querem nem Lula, nem Bolsonaro.
Com isso, a burguesia pretende deixar o caminho livre para a eleição de algum capacho, como o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), um mandatário serviçal do imperialismo que seja capaz de levar a fundo um plano de privatizações, destruição da economia nacional e, principalmente, cortes nas áreas sociais, como saúde, educação, aposentadorias e benefícios sociais.
Com a prisão de Bolsonaro, a primeira etapa já está concluída. Agora, nos próximos meses, o plano da burguesia é atacar o governo Lula de todas as formas, procurando inviabilizar sua reeleição para um quarto mandato presidencial.





