Um dos destaques do primeiro dia da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), iniciada nesta terça-feira (23), foi a fala do presidente norte-americano, que parecia bastante desorientado. Ao mesmo em que o republicano questionou “verdades absolutas” do imperialismo, como a sua política ambiental, ele também propôs medidas agressivas e coloniais impossíveis de serem colocadas em prática, como a retomada da base militar no Afeganistão.
O que as declarações revelam, acima de tudo, é que Trump não é como os políticos norte-americanos que governaram os Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial. É uma pessoa muito fora do padrão. Os antecessores de Trump são todos homens intimamente ligados ao Estado imperialista norte-americano. Trump, neste sentido, é um estranho no ninho.
O fato de que uma pessoa tão fora do comum, independentemente do juízo de valor, esteja na presidência dos Estados Unidos, mostra o nível de crise do imperialismo. É um descontrole total em relação à política do imperialismo.
Vir um presidente norte-americano e criticar a política ambiental, por exemplo, revela uma crise total, porque esse foi um plano muito bem elaborado pelo imperialismo. O que Trump falou é verdade: antigamente, se falava em resfriamento global, depois apareceu o aquecimento global e, diante da falência de ambos os termos, agora se fala em mudança climática.
Esta fala revela que a política anterior está arruinada. O próprio imperialismo arruinou sua política anterior, a ponto de ele perder o controle. Perder a presidência dos Estados Unidos nesse nível, é uma crise extraordinária. Trump hoje atua como uma pessoa que abriu a cortina e mostrou que os bastidores do espetáculo organizado pelo imperialismo é muito feio.





