Uma ordem executiva do governo Trump, divulgada na segunda-feira (27), pode ser usada para atingir cidadãos estrangeiros que já estão legalmente nos EUA e para reprimir estudantes estrangeiros que defenderam a Palestina.
A nova ordem instrui os funcionários do governo a compilarem uma lista de nações “para as quais as informações de triagem e verificação são tão deficientes que justificam uma suspensão parcial ou total da admissão de cidadãos desses países“.
Vai além, no entanto. Exige identificar o número de cidadãos que entraram nos EUA a partir desses países desde 2021 — durante a presidência de Joe Biden — e coletar informações “relevantes” sobre suas “ações e atividades”.
A Casa Branca, então, ordena “medidas imediatas” para deportar cidadãos estrangeiros desses países “sempre que forem identificadas informações que justifiquem sua exclusão ou remoção”.
“A pior parte agora é que não se trata apenas de banir pessoas de fora dos EUA, mas também de usar essas mesmas justificativas como base para expulsar pessoas que já estão no país”, disse Deepa Alagesan, advogada do International Refugee Assistance Project (IRAP)
O decreto ordena que o governo dos EUA faça recomendações para “proteger” os cidadãos contra estrangeiros “que pregam ou defendem violência sectária, a derrubada ou substituição da cultura na qual nossa República Constitucional se baseia, ou que fornecem apoio, defesa ou auxílio a terroristas estrangeiros”. Ou seja, os defensores da Palestina segundo a extrema direita.
A juventude deve organizar a mobilização contra a ditadura de Trump. O genocida Biden foi derrubado, agora é preciso derrubar Trump.