Leste europeu

Trump critica guerra na Ucrânia e expõe crise do imperialismo

Em entrevista recente, o presidente norte-americano chegou a afirmar que "a Ucrânia pode ser russa algum dia"

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a causar alvoroço na imprensa internacional com suas declarações sobre a guerra na Ucrânia. Embora não esteja completamente claro qual o plano de Trump para o conflito, suas falas recentes deixam evidente que, se dependesse dele, a guerra já teria terminado.

Em entrevista recente, Trump chegou a afirmar que “a Ucrânia pode ser russa algum dia”, uma declaração que gerou reações indignadas da imprensa burguesa e dos líderes da OTAN, de acordo com uma matéria da Al Mayadeen de 5 de fevereiro deste ano: “Eles podem fazer um acordo, eles podem não fazer um acordo. Eles podem ser russos algum dia, ou podem não ser russos algum dia”.

O presidente dos EUA também afirmou que o país também vê uma necessidade de retorno de sua ajuda financeira à Ucrânia: “vamos ter todo esse dinheiro lá, e eu digo que quero de volta. E eu os disse que quero o equivalente, algo como 500 bilhões de terras raras”, disse Trump. “E eles essencialmente concordaram em fazer isso, então pelo menos não nos sentimos estúpidos.”

Cinicamente, logo após tomar posse, Trump afirmou que gostaria de ser lembrado como um “pacificador”, de acordo com matéria da Gazeta do Povo de janeiro deste ano.

“Façam um acordo agora e PAREM com essa guerra ridícula!”, afirmou Trump em um post na Truth Social, sua rede social, destacando que, caso não haja avanços nas negociações, poderá impor “altos níveis de impostos, tarifas e sanções sobre qualquer coisa que a Rússia venda aos Estados Unidos”.

Enviado de Trump a Quieve, Keith Kellogg explicou em entrevista também esse ano que o governo Trump tem o plano de acabar com a guerra em no máximo 100 dias após a posse do presidente — um pouco mais do que as “24 horas” anunciadas por Trump durante sua campanha, mas ainda um prazo curto quando comparado aos 3 anos de guerra.

Nada disso, porém, indica que Trump seja um grande “pacifista”, como afirmou querer ser lembrado. Ele apenas não vê ganhos na continuidade dessa guerra. Apesar dos seus interesses ainda não serem completamente claros, é possível ver um interesse grande nas riquezas de Quieve, como explicado anteriormente.

Segundo o ministério da Economia ucraniano, o país possui uma das maiores reservas europeias de diversos materiais raros, como ferro, manganês, urânio, titânio, lítio, minérios de zircônio, além de carvão, gás e petróleo.

Segunda matéria de fevereiro deste ano do portal g1, são trilhões de dólares, dos quais mais de 70% estariam nas regiões de Dnipropetrovsk, Donetsk e Lugansk, áreas que são linhas de frente do combate. As duas últimas, inclusive, tendo formado suas próprias repúblicas populares logo no início da guerra. Esses solos já são explorados, representando cerca de metade do PIB da Ucrânia, além de constituírem pelo menos dois terços das exportações do país — os locais de exploração local estão, inclusive, abertos, mesmo com a guerra.

Um fator importante apontado pelo porta-voz do Crêmlin Dmitry Peskov, é que uma parte significativa da Ucrânia quer se tornar uma parte da Rússia:

“É um fato que uma parte significativa da Ucrânia quer se tornar a Rússia, e que já se tornou a Rússia. Este é um fato que aconteceu, quatro novas regiões russas. Pessoas que, apesar dos muitos perigos, ficaram em filas e votaram no referendo para se juntar à Federação Russa — isso corresponde em grande parte às palavras do presidente Trump.”

Fica claro que Trump vem seguindo uma política de choque com os interesses do grande capital. No governo de Biden, bilhões de dólares foram destinados ao conflito, bem como milhares de mercenários do mundo inteiro entraram no conflito a mando do imperialismo. Independente dos motivos, várias medidas estão sendo tomadas para o fim do conflito por parte dos EUA.

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