Nesta quarta-feira (6), a Índia foi taxada em 25% pelo governo norte-americano, atualmente sob o comando do republicano Donald Trump. Em seu perfil nas rede sociais, Trump afirmou:
“A Índia não está apenas comprando grandes quantidades de petróleo russo, mas também está vendendo grande parte do petróleo comprado no mercado aberto para obter grandes lucros. Eles não se importam com quantas pessoas na Ucrânia estão sendo mortas pela máquina de guerra russa”.
Os Estados Unidos ampliaram a aplicação de tarifas aos países que compõem o BRICS, bloco de países composto originalmente por Brasil, Rússia, Índia e China, mas que também hoje conta com a participação da África do Sul, da Etiópia, do Egito, dos Emirados Árabes, da Indonésia e do Irã.
O presidente norte-americano também fez críticas ao governo indiano por sua importação do petróleo russo.
“Não se importa com quantas pessoas estão sendo mortas na Ucrânia pela máquina de guerra russa”. Enquanto isso, o governo indiano já havia classificado como “injustificada e irracional” a ameaça de Trump de aumentar tarifas devido à compra de petróleo russo.
Diferentemente de alguns países do bloco, como Rússia e China, a Índia é, junto com o Brasil, um dos membros fundadores do BRICS mais próximos do imperialismo. A Índia também integra outro bloco – de finalidade militar – composto pelos próprios norte-americanos, Austrália e Reino Unido, o Diálogo de Segurança Quadrilateral (Quad). Isso, no entanto, não impediu que o país fosse taxado.
Em 21 de abril deste ano, a Índia já havia taxado temporariamente o aço em 12% nas importações, com o objetivo de proteger sua economia nacional. Em relação ao Reino Unido, concordou em reduzir as taxas sobre importações em produtos como uísque, gim, cosméticos, equipamentos médicos, máquinas avançadas e carnes de cordeiro; em reciprocidade, os ingleses cortarão as taxas sobre produtos indianos, como roupas, calçados e alimentos.
Anteriormente, o Ministério das Relações Exteriores da Índia, através de seu porta-voz Randhir Jaiswal, havia declarado que os Estados Unidos haviam incentivado a Índia a importar gás russo no início do conflito, “para fortalecer a estabilidade dos mercados globais de energia“, no mandato do ex-presidente Joe Biden, em uma declaração 11 de abril de 2022.



