Nessa segunda-feira (10), o presidente Donald Trump anunciou tarifas abrangentes sobre as importações de aço e alumínio estrangeiros, reintroduzindo uma política que anteriormente gerou tensões comerciais internacionais. Trump assinou duas proclamações oficiais impondo uma tarifa de 25% sobre o aço e alumínio de todos os países globalmente.
“Isso é um grande feito — tornando os Estados Unidos ricos novamente”, declarou Trump, enfatizando a necessidade de impulsionar a indústria doméstica, especialmente nos setores de aço e alumínio. Embora as tarifas sejam esperadas para beneficiar os fabricantes de metais dos EUA, o impacto econômico mais amplo permanece incerto. Um membro da Casa Branca confirmou que os funcionários da alfândega intensificarão a fiscalização e supervisão dessas importações, garantindo a implementação total das tarifas.
O anúncio foi elogiado pelos fabricantes de aço dos EUA, que há muito tempo fazem lobby por tais medidas protecionistas. Kevin Dempsey, presidente do Instituto Norte-Americano de Aço e Ferro, aplaudiu as tarifas, chamando-as de essenciais para garantir a viabilidade a longo prazo da indústria de aço dos EUA. “Uma indústria de aço americana forte é crucial para nossa segurança nacional e prosperidade econômica”, disse Dempsey em um comunicado.
Ao mesmo tempo, os críticos argumentam que as tarifas podem prejudicar significativamente outras indústrias norte-americanas, especialmente aquelas que dependem do aço e do alumínio para fabricar produtos como automóveis, eletrodomésticos e embalagens de alimentos. Espera-se que esses setores enfrentem custos mais altos, o que pode aumentar os preços para os consumidores.
A imposição das tarifas provavelmente vai aumentar as tensões nas relações com os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos. O Canadá, o México e a Coreia do Sul, principais fornecedores de aço para os EUA, serão particularmente afetados. O Canadá foi o maior fornecedor de aço para os EUA em 2024, seguido de perto por México e Brasil. A União Europeia, por exemplo, já elaborou uma lista de possíveis produtos a serem alvo de medidas de retaliação, incluindo o uísque americano, que foi atingido com uma tarifa de 25% durante o primeiro mandato de Trump.