Segundo o jornal norte-americano The Wall Street Journal, o governo Trump pretende cortar o financiamento federal da maior provedora de abortos dos EUA, a Planned Parenthood. A medida seria parte do esforço da Casa Branca para cortar gastos com políticas de diversidade. O Departamento de Saúde estuda cortar imediatamente US$27,5 milhões em subsídios, que pode ser anunciado a qualquer momento.
Os cortes previstos incluem US$ 20 milhões para Planned Parenthood em 12 estados. A Planned Parenthood em 2023 foi responsável por 400 mil procedimentos, segundo o portal Daily Signal.
Obviamente que os cortes previstos vão além da mera continuação da política de Trump contra a chamada diversidade ou a luta contra o “wokismo”, política impulsionada e identificada com o partido Democrata. Trata-se da política direitista de Trump contra o direito feminino, é um meio de atacar o direito de aborto pelo flaco e não diretamente.
Na campanha, Trump sinalizou que não iria promover a proibição do aborto, contudo, agora eleito ataca o direito feminino tentando inviabilizá-lo para muitas mulheres. O direito ao aborto nada tem a ver com qualquer política de diversidade ou “woke”, trata-se, de uma reivindicação histórica das mulheres, um direito fundamental ao controle do próprio corpo.
O movimento de mulheres deve reagir a essa política reacionária do governo e exigir o direito e os meios para sua efetivação, que passa pelo financiamento governamental.