Palestina

Trump ameaça Hamas por combater contrarrevolução

Presidente dos EUA declarou que o partido, que lidera a Resistência Palestina, “precisa se desarmar ou será desarmado de forma violenta”

Nesta quinta-feira (16), Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos declarou em sua rede social Truth Social que “se o Hamas continuar a matar pessoas em Gaza, o que não estava no acordo, nós não teremos nenhuma escolha senão entrar [em Gaza] e matá-los. Obrigado pela sua atenção!”, declarou o mandatário.

A declaração de Trump ocorre após o imperialismo, o sionismo, e os capachos de ambos, terem feito um escândalo cínico e calhorda em relação às operações que o Hamas, com apoio das demais organizações da Resistência, vem realizando contra gangues contrarrevolucionárias, resultando na execução de vários colaboradores.

Durante o genocídio, tais gangues, que foram criadas, financiadas e protegidas por “israel”, assaltaram comboios de ajuda humanitária, roubando comida e suprimentos do povo palestino, que morria de fome. Igualmente, atacaram combatentes da Resistência que estavam lutando contra os invasores israelenses, genocidas, e pela libertação do povo palestino.

A nova declaração de Trump vem três dias depois de ele ter dito que o Hamas teria que se desarmar. Na ocasião, ele falava a jornalistas na Casa Branca quando foi questionado por uma jornalista “quanto tempo irá demora para o Hamas se desarmar e você pode garantir que isto irá acontecer?”. A isto, Trump respondeu: “eles irão se desarmar, porque eles disseram que iriam. E se eles não se desarmarem, nós iremos os desarmar”. Questionado como isto seria feito, ele disse que não tinha que se explicar.

Destaca-se que, mesmo após de dois anos de guerra genocida, mais de cem mil toneladas de bombas despejadas, e pelo menos 67 mil palestinos assassinados, “israel”, bancada pelos EUA e todos os outros países imperialistas, fracassou em derrotar o Hamas e demais organizações da Resistência.

Curiosamente, na mesma ocasião em que ele disse que iria forçar o Hamas a se desarmar, ele também comentou sobre as recentes execuções e prisões de contrarrevolucionários colaboradores de “israel”, dizendo que não se sentia mal sobre elas: “Eles [o Hamas] eliminaram algumas gangues que eram más, gangues muito muito más. Eles as eliminaram e eles mataram um número de membros de gangues e… isso não me incomodou muito, para ser honesto, está tudo bem, isto não foi diferente de [o que é feito em] outros países”, declarou Trump.

A ação de justiça revolucionária do Hamas, e a histeria cínico do imperialismo e seus capachos, responsáveis e cúmplices do genocídio, foi comentada por Rui Costa Pimenta, o presidente do Partido da Causa Operária (PCO). Durante a última edição do programa Análise Internacional, Pimenta denunciou que “essas gangues assassinaram o filho do dr. Bassem Naim, um dos principais dirigentes do Hamas, que foi uma pessoa que entrevistamos em Doha. Ele foi, durante um longo período, o responsável pelo Hamas em Gaza, pela parte política do Hamas, e o filho dele foi assassinado agora, durante a trégua”.

O presidente do PCO também afirmou que “se as forças de ocupação criam entre a população local uma minoria de pessoas armadas para ajudar no trabalho do genocídio, não é só que é normal que quando o Hamas e a Resistência Palestina de conjunto retome o controle da situação, que essas pessoas sejam executadas […] Há um clamor popular para acabar com essa gente. Eles acabaram com dois clãs que eram gangues, que roubavam comida do pessoal, matavam gente, denunciavam os lutadores do Hamas para as forças de ocupação. Colaboracionistas da pior espécie. Eles eliminaram completamente dois clãs que faziam parte de um conjunto de seis. E os outros quatro clãs falaram muito bem, apoiaram. Não há nenhuma revolta contra esse tipo de ação. É uma medida de guerra. O pessoal estava lutando ao lado dos ocupantes, foram eliminados

Falando sobre a histeria dos sionistas e de seus apoiadores, Pimenta afirmou também que “é uma hipocrisia total, de pessoas que apoiaram a morte de crianças. Dezenas de milhares de pessoas [foram assassinadas]. [Os sionistas]  Destruíram o país. Querem chorar agora porque eliminaram meia dúzia de colaboracionistas, traidores”, acrescentando que “uma coisa que é realmente repulsiva no sionismo e nos apoiadores do sionismo é que eles são assassinos, genocidas, criminosos da pior espécie. E toda vez que os oprimidos partem para cima deles, eles começam a chorar. É uma coisa repugnante isso

Após a declaração de Trump de que teria ir para Gaza matar o combatentes do Hamas, Hossam al-Astal, um líder de uma milícia contrarrevolucionária no sul de Gaza, divulgou um vídeo de propaganda sionista, acusando falsamente o Hamas de “terror contra o povo de Gaza”. Ele também agradeceu Trump pelo acordo (imposto pela Resistência, na realidade) e pediu ao presidente norte-americano para “salvar os moradores de Gaza do Hamas depois de salvá-los do bombardeio israelense”, conforme noticiado pelo portal de notícias The Media Line.

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