A candidata do nacionalismo hondurenho, Rixi Moncada, denunciou que as eleições presidenciais ocorridas no último fim de semana tiveram vários indícios de fraude. Apoiada pela atual presidente do país, Xiomara Castro, Moncada ficou em terceiro lugar, longe de qualquer possibilidade de vencer o pleito.
A fraude, ainda que criminosa, era prevista. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apoiou abertamente um dos candidatos, indicando que iria interferir no processo eleitoral. O próprio regime hondurenho é profundamente controlado por forças ligadas ao Departamento de Estado norte-americano, que tomaram o poder em um golpe no ano de 2009.
Diante de fatos como esse, a política triunfalista do Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil, se mostra um erro gravíssimo. A ideia de que tudo vai dar certo, de que tudo é maravilhoso esconde a realidade política da América Latina.
No último período, assistimos a um verdadeiro colapso da esquerda no Chile. Houve golpe na Bolívia, impedindo Evo Morales de concorrer. No Equador, Rafael Correa está fora do país, onde vigora uma ditadura. No Peru, outra ditadura, que caminha cada vez mais para um regime abertamente fascista.
As únicas exceções seriam o Uruguai, a Colômbia e o Brasil. Em todos esses países, a esquerda está sob forte pressão. A grande pergunta que deve ser feita é: o que vai acontecer no Brasil? Basta ver a tendência em todos os países na região. A Nicarágua e a Venezuela se encontram sob sanção e o processo de derrubada do governo mexicano já começou.
Dizer que tudo vai dar certo é jogar areia nos olhos da população. Há uma ameaça militar direta contra a Venezuela. Depois do ataque à Venezuela, virá também um ataque contra Cuba. O resto é um verdadeiro efeito dominó.
Esse panorama precisa ser profundamente discutido pela esquerda nacional, diante da agressividade do imperialismo diante de toda a atual situação política.





