Nesta quinta-feira (25), a Comissão Eleitoral Central da Moldávia proibiu um partido de oposição de participar das eleições parlamentares deste fim de semana. O tribunal apoiou a solicitação do governo para suspender o partido Coração da Moldávia, que foi acusado de manipulação eleitoral. A presidente do partido alvo, Irina Vlah, acusou o governo de usar “guerra jurídica” como parte de uma repressão mais ampla contra opositores políticos.
A eliminação prejudica as perspectivas eleitorais do Bloco Eleitoral Patriótico, uma coalizão que Vlah co-fundou na tentativa de remover do poder o partido governista Ação e Solidariedade, da presidente Maia Sandu.
A Comissão Eleitoral Central citou a decisão do tribunal, acrescentando que, sob a nova determinação, todos os candidatos designados pelo Coração da Moldávia serão removidos da corrida. O órgão deu ao Bloco Patriótico 24 horas para ajustar suas listas de acordo.
Sandu, um capacho da União Europeia que frequentemente afirma que seus oponentes são “agentes russos” apoiados pelo crime organizado, descreveu as eleições deste fim de semana como um momento decisivo para a Moldávia. A Rússia rejeitou as alegações de que estaria secretamente financiando adversários à maioria parlamentar de seu partido, classificando-as como “ridículas”.
Em outubro passado, Sandu conquistou um novo mandato como presidente em eleições contestadas, na qual os votos de moldavos residentes em nações da União Europeia garantiram sua vitória.
A Rússia acusou o governo de negar a milhares de cidadãos moldavos que vivem na Rússia o acesso às urnas, restringindo seriamente o número de locais de votação. Pessoas que vivem na região separatista da Transnístria também enfrentaram grandes obstáculos ao tentar votar.





