Brasil

Trabalhadores dos Correios reagem à pressão por demissões

Sindicalista afirmou que se Casa Civil "seguir esse caminho de confronto aberto e desrespeito aos trabalhadores", convocará uma greve nacional

Os trabalhadores dos Correios reagiram firmemente à notícia de que a Casa Civil do governo federal está pressionando a direção da empresa, na pessoa do presidente Fabiano Silva, a realizar demissões em massa e a vender parte do patrimônio da estatal. Essa manobra representa um ataque direto do governo contra os trabalhadores e o caráter público dos Correios. Na última terça-feira (1º), a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT) emitiu uma nota criticando o governo e responsabilizando o ministro Rui Costa pela situação, destacando a política neoliberal que ameaça os empregos na estatal.

A FENTECT, que representa cerca de 60 mil trabalhadores em todo o território nacional, manifestou seu “absoluto repúdio e indignação” diante das informações. Para a entidade, a pressão é uma “tentativa covarde de sacrificar milhares de pais e mães de família em nome de acordos políticos espúrios”, configurando uma “manobra eleitoreira desesperada que só demonstra a completa desconexão do governo com quem constrói, diariamente, a maior empresa de logística do Brasil”. A federação alertou que, caso haja um eventual colapso no serviço postal e logístico brasileiro, a responsabilidade e o desgaste político recairão “exclusivamente do ministro Rui Costa, que prefere perseguir trabalhadores com demissões a defender empresas estratégicas para o país”.

A pressão da Casa Civil sobre o presidente dos Correios teria sido revelada em conversas recentes. Informações apuradas indicam que, em uma reunião realizada em meados de junho, o ministro Rui Costa sugeriu a Fabiano Silva a demissão de cerca de 10 mil funcionários e a venda de imóveis da empresa.

Segundo os números apresentados no encontro, essas duas ações poderiam render aproximadamente R$2 bilhões aos cofres da estatal, que fechou 2024 com um prejuízo recorde de R$2,6 bilhões. A ministra da Gestão e Inovação Esther Dweck, também participou da conversa, que, de acordo com relatos, foi marcada por um clima tenso entre Costa e Silva.

A FENTECT declarou que a pressão do governo federal “não foi o compromisso assumido pelo presidente” com os trabalhadores, e que essa política “vai na contramão do discurso de fortalecer a estatal e valorizar os ecetistas”. A federação afirmou que, caso a Casa Civil “opte por seguir esse caminho de confronto aberto e desrespeito aos trabalhadores e trabalhadoras dos Correios”, convocará uma greve geral nacional.

Por fim, a FENTECT reforça que “nenhum trabalhador será sacrificado para atender ao apetite dos negociadores de plantão”, e que “se vierem para o confronto, encontrarão resistência”. Os trabalhadores dos Correios devem enfrentar essa ameaça com uma mobilização aguerrida, com greves e todas as formas de luta para defender seus empregos e o patrimônio público contra a política neoliberal do governo.

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