Economia

Trabalhadores da Avibrás lançam abaixo-assinado

A destruição da empresa de defesa brasileira é de interesse total dos inimigos dos povos oprimidos do mundo, o imperialismo

Fundada em 1961, a Avibrás Aeroespacial é a maior indústria do setor de defesa do Brasil. A empresa foi criada por engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos. Presente no mercado nacional e internacional, a Avibrás tem sede em Jacareí, no interior de São Paulo, e desenvolve motores de foguetes para as Forças Armadas, entre outras tecnologias voltadas à defesa civil.

Em março de 2022, a Avibrás entrou com pedido de recuperação judicial, alegando uma dívida de R$600 milhões. Em setembro do mesmo ano, os trabalhadores iniciaram uma greve devido ao atraso nos salários. Em julho de 2023, o plano de recuperação foi aprovado, e a partir de então a empresa anunciou estar em negociação de venda com empresas da Austrália e da China, um empresário brasileiro e uma empresa da Arábia Saudita.

No entanto, em maio de 2025, a credora Brasil Crédito anunciou a intenção de comprar a empresa. Em 16 de julho, o plano alternativo de recuperação judicial da Avibrás — apresentado pela Brasil Crédito e aprovado em assembleia de credores — foi homologado pela Justiça, mas acabou suspenso pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. A suspensão atendeu a um pedido do Banco Fibra, outro credor, que alegou irregularidades no processo.

Em nota, o Sindicato dos Metalúrgicos repudiou a suspensão:

“A suspensão, assinada pelo relator Jorge Tosta, representa um passo atrás nas chances de retomada das atividades da principal indústria bélica do país. A fábrica está parada há dois anos e deve 27 salários a mais de 900 trabalhadores”, afirma o comunicado.

O plano prevê a destituição do atual proprietário, João Brasil Carvalho Leite, e a nomeação judicial de um interventor.

Além do plano alternativo de recuperação judicial, o sindicato e a Brasil Crédito discutiram os termos para o pagamento das dívidas trabalhistas, condição para o retorno dos trabalhadores. O plano de retomada estabelece as seguintes condições: parcelamento em 48 meses dos 25 salários atrasados, 13º, férias e FGTS; conversão das multas trabalhistas em 10% das ações da Nova AVB, no momento da abertura de capital; garantia de preservação dos direitos de todos os trabalhadores que retornarem à fábrica; estabilidade no emprego por no mínimo 90 dias.

No dia 22 de julho, os trabalhadores da empresa lançaram um abaixo-assinado em defesa do plano alternativo e contra a medida do Banco Fibra.

“Nós, trabalhadores da Avibras Indústria Aeroespacial, recebemos com bastante preocupação a notícia de que a Justiça suspendeu a homologação do plano de recuperação judicial alternativo da empresa. A Avibras é a principal indústria de Defesa do nosso país. O retorno de suas atividades é de grande importância para a economia e a soberania do Brasil”, afirma o documento.

Abaixo-assinado: Em defesa do plano de recuperação judicial alternativo da Avibras

“Ao pedir a suspensão, o Banco Fibra coloca em risco a oportunidade concreta de retomada da Avibras. Por isso, solicitamos que o Fibra retire o pedido de embargos e devolva-nos a chance de recuperarmos nossos empregos e salários”, conclui o texto.

A destruição da principal empresa de defesa brasileira atende aos interesses diretos dos inimigos do país — o imperialismo. Não é de hoje que há um projeto, liderado principalmente pelos Estados Unidos, para esmagar o setor de defesa nacional. É o que revela, por exemplo, o caso do almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, engenheiro nuclear perseguido pela Operação Lava Jato. Destruir a indústria bélica nacional é tornar o Brasil ainda mais submisso ao imperialismo.

Produção de veiculos de combate

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