Cuidado ao sair, o clima não lhe favorece em tempos de COP30. No olho do furacão da corrupção: pode cair um golden boy em sua cabeça.
Ciclones e tornados abalam o meio ambiente. Mas há uma chuva especial, ácida e, portanto, venenosa, que vem abalando covardemente os alicerces orgânicos do edifício humano: são os chamados “golden boys”, que atuam na corrupção previdenciária.
São seres abjetos que articularam de maneira usurpadora: descontos imorais e indevidos nos parcos contracheques de aposentados e pensionistas do INSS. Por isso, uma CPMI foi instalada, e Igor Dias Delecrode é o suspeito-mor que integra um grupo apelidado de “golden boys” (meninos de ouro, em português): jovens empresários entre 28 e 45 anos que ascenderam rapidamente no setor de crédito e tecnologia. A suspeita é que tenham se beneficiado de Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) firmados com o INSS nos últimos meses do governo Bolsonaro, que possibilitaram descontos automáticos e indevidos na conta de aposentados.
No dia 10 de novembro de 2025 aconteceu a oitiva de Igor Dias, que permaneceu silente a cada questionamento advindo dos parlamentares, que ficaram perplexos (imagina-se) com a destreza do “garoto de ouro do crime organizado para afanar pessoas vulneráveis”.
O somatório dos descontos roubados rendeu a esta cúpula extravagante e inescrupulosa quantias exorbitantes, cifradas em milhões.
Alguns desses “Robin Hoods” às avessas chegaram blindados à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito pelo poder de habeas corpus, em um show de regalias durante as investigações das fraudes. Até quando o povo será massa de manobra das máfias tirânicas?




