Editorial

Tem que acabar

É preciso substituir a polícia por milícias armadas controladas pelo próprio povo trabalhador

A barbárie que se abateu sobre o Rio de Janeiro com a chamada “Operação Contenção” prova, de forma definitiva e sangrenta, que as polícias não são solução, mas sim o problema. O massacre, que vitimou pelo menos 60 moradores das comunidades do Alemão e da Penha – supera qualquer recorde anterior de letalidade e expõe a natureza genocida e de classe do aparato de repressão estatal.

O pretexto de combater o Comando Vermelho (CV) serviu apenas para mascarar uma verdadeira guerra promovida pelo Estado contra a população pobre. A mobilização de 2.500 agentes, 32 blindados e helicópteros revela a prioridade do Estado brasileiro, que deixa a população morrer nas filas de hospitais, sucateia as escolas e universidades e não investe nem mesmo no calçamento de uma rua. A prioridade do Estado é reprimir o sofrido povo brasileiro, para que não se levante contra os crimes cometidos a mando dos banqueiros.

As mortes provocadas pela polícia revelam que, no Brasil, existe uma aplicação sumária da pena de morte – inexistente na legislação brasileira. As prisões e apreensões divulgadas são um custo pífio diante do balanço final: mais de sessenta vidas ceifadas e o recorde de chacina policial batido no estado. Diante do estado de ilegalidade que vive o Judiciário brasileiro, até as prisões merecem ser colocadas sob suspeita.

A lista interminável de crimes cometidos pela Polícia Militar por todo o Brasil já fez com que esta instituição fosse conhecida internacionalmente como um órgão assassino. O jornalista Caco Barcellos, que trabalha na reacionária rede Globo, detalha, em seu livro Rota 66, alguns desses crimes. Até mesmo a Organização das Nações Unidas (ONU) já chamou a atenção para o que acontece no Brasil. Entre os movimentos sociais, não há quem nunca tenha ouvido o grito: “não acabou, tem que acabar; eu quero o fim da Polícia Militar”.

Tem que acabar. A Polícia Militar é um instrumento de repressão dos ricos contra o povo brasileiro. Mas ela não está sozinha.

Na chacina da Penha e do Alemão, estava, junto à Polícia Militar, a Polícia Civil. A polícia, seja lá qual for, é essencialmente criminosa, pois a classe que a dirige é criminosa. Por isso, é preciso pôr fim a todas as polícias do Brasil. É preciso substituí-las por milícias armadas controladas pelo próprio povo trabalhador, com seus chefes eleitos pela população.

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