O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos) criou um Comitê de Assessoramento Estratégico de Segurança Pública (Caesp). O decreto foi assinado na segunda-feira (10). A medida acontece após inúmeros casos de abuso de poder e prática de crimes pela polícia, particularmente a militar virem a tona nas redes sociais.
Também responde ao aumento exponencial do número de pessoas mortas pela Polícia Militar no Estado. Em 2024 houve um aumento de 65% das mortes provocadas pela política em relação ao ano anterior. Contudo, é uma medida que apenas reforça a mesma política repressiva amplamente repudiada pela população.
O Comitê é composto pelos órgãos de repressão acusados quase que diariamente de crimes. Participam dele o comandante-geral da Polícia Militar, o delegado-geral da Polícia Civil, o controlador geral do Estado, a procuradora geral do Estado, o procurador-geral de Justiça e a defensora público-geral do Estado.
Não se convocou nenhum representante da sociedade civil, nem mesmo para dar a impressão de imparcialidade do comitê. Trata-se, pois, da continuação da política de combate contra a cidadania, que perdura no estado e no país como um todo. Tal órgão não representa o interesse, no que tange a chamada segurança pública, da cidadania, do povo, tão e somente estão representados o próprio aparado repressivo, essa maquina de combate contra o povo.
