Nesta terça-feira (8), o Supremo Tribunal de “Israel” determinou que Ronen Bar, chefe do Shin Bet (agência de espionagem interna), permaneça em seu cargo temporariamente, enquanto o governo israelense e a Procuradoria-Geral do país tentam resolver a questão por meio de um acordo.
O governo Netaniahu anunciou a demissão de Ronen Bar no mês de março, sob alegação de “falta de confiança”. À época, Netaniahu determinou que o chefe espião deixasse seu cargo até 10 de abril.
Em decisão liminar, o Supremo Tribunal determinou que o primeiro-ministro e a Procuradoria-Geral têm até o dia 20 de abril para chegarem a um acordo a respeito da chefia do Shin Bet. Foi igualmente determinado que, nesse meio tempo, o governo Netaniahu não tome nenhuma medida para destituir o chefe espião de seu cargo, o que “inclui abster-se de declarar um substituto ou alterar a autoridade ou a relação de trabalho entre o Shin Bet e o governo”, conforme noticiado pela emissora libanesa Al Mayadeen.
A demissão do chefe do Shin Bet, a oposição da Procuradoria-Geral e a decisão da Suprema Corte desautorizando Netaniahu são mais uma demonstração da profunda crise política em que se encontra “Israel” e o sionismo — crise resultante da luta do povo palestino e de suas organizações de resistência, a principal das quais é o Hamas.