A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou na última quarta-feira (26) o presidente norte-americano Donald Trump a revogar o Status de Proteção Temporária (TPS, na sigla em inglês) de mais de 500 mil migrantes de países como Haiti, El Salvador e Honduras. A decisão, por 5 votos a 4, permite ao governo deportar esses imigrantes a partir de janeiro de 2026, revertendo proteções concedidas desde os anos 1990.
O TPS beneficia migrantes que fogem de desastres naturais, conflitos ou crises humanitárias, permitindo residência e trabalho nos EUA. Trump, que tomou posse em 20 de janeiro, prometeu encerrar o programa, alegando que os países de origem “já estão estabilizados”. O advogado de direitos humanos David Cole declarou: “essa decisão expõe meio milhão de pessoas a deportações injustas”. Em 2024, os EUA deportaram 271 mil imigrantes, segundo o Departamento de Imigração.
A medida afeta comunidades em estados como Flórida e Califórnia, onde vivem 60% dos beneficiários do TPS, segundo o Centro de Estudos Migratórios. No Brasil, a crise migratória é menor, mas 12 mil haitianos entraram no país em 2024, conforme o Ministério da Justiça. A decisão da Suprema Corte intensifica a repressão aos migrantes nos EUA, enquanto o Brasil enfrenta desafios para acolher refugiados.



