Nesta terça-feira (18), as forças israelenses de ocupação foram forçadas pela crise a indiciar cinco militares israelenses responsáveis pelo estupro e tortura de prisioneiro palestino.
O crime foi perpetrado em 5 de julho de 2024, contra palestino encarcerado ilegalmente na prisão de Sde Teiman. Segundo as forças de ocupação, no indiciamento os militares são acusados de “agir contra o detido com violência severa, incluindo esfaquear o traseiro do detido com um objeto pontiagudo, que penetrou perto do reto do detido”, acrescentando que o prisioneiro estava “com os olhos vendados e algemado nas mãos e tornozelos” no momento do crime.
O indiciamento afirma também que “os atos de violência causaram ferimentos físicos graves ao detido, incluindo costelas quebradas, um pulmão perfurado e uma ruptura retal interna”.
Destaca-se que, à época, colonos israelenses protestaram em defesa dos militares que perpetraram o crime, em razão de eles terem sido detidos na base de Beit Lid. Os protestos dos fascistas ocorreram em 29 de julho, quando os nazissionistas invadiram a citada base, assim como a prisão de Sde Teiman, em apoio ao crime.
O vídeo do crime foi divulgado no início de agosto e, pouco tempo depois, o escritório de direitos humanos da ONU divulgou relatório informando que as forças de ocupação cometem, contra os prisioneiros palestinos “uma série de atos terríveis, como afogamento simulado e a soltura de cães em detidos, entre outros atos, em flagrante violação do direito internacional dos direitos humanos e do direito internacional humanitário”.
O indiciamento de militares israelense, feito pelas próprios forças de ocupação, é apenas tentativa de conter a crise em “Israel”, e não corresponde a uma reprovação da tortura que seus soldados e oficias cometem sistematicamente contra os prisioneiros palestinos.