Forças do enclave imperialista “Israel” invadiram o campo de refugiados de Balata, em Nablus, Cisjordânia, ao amanhecer da última quarta-feira (9), deixando palestinos feridos por tiros e espancamentos. O diretor de ambulâncias da Sociedade do Crescente Vermelho em Nablus declarou à rede catarense Al Jazeera: “o exército israelense cerca o campo após a incursão”, informando que três crianças doentes foram retiradas após coordenação com a Cruz Vermelha. “Há pessoas feridas por disparos e agressões dos soldados”, disse, enquanto tentam resgatar mais vítimas. Moradores foram forçados a fugir.
No mesmo dia, “Israel” atacou al-Issawiya, em Jerusalém Oriental ocupada, com gás lacrimogêneo e veículos blindados. Vídeos mostram soldados prendendo jovens, algemados e vendados em Balata, parte de uma ofensiva na Cisjordânia iniciada em 21 de janeiro.
Segundo a agência de notícias ligada à Autoridade Palestina Wafa, 12 palestinos foram detidos em Nablus na operação, que usou dezenas de militares armados. Desde janeiro, 589 palestinos foram mortos na Cisjordânia, conforme a ONU, com Balata como alvo recorrente por sua resistência.
A escalada coincide com a retomada do martírio em escala industrial contra os palestinos em Gaza. O Crescente Vermelho relatou 15 feridos em Balata na quarta-feira, cinco por balas. A ocupação de Nablus já matou 127 pessoas em 2024, segundo o Ministério da Saúde palestino.