Nessa semana, a justiça canadense acatou um pedido feito pela influenciadora Dahlia Kurtz e o advogado Neil Oberman, ambos sionistas, de que fosse reaberto um caso de assedio em que o acusado é Yves Engles, um destacado ativista antissionista, que chegou a ficar preso por cinco dias.
O caso de assédio em questão ocorreu em fevereiro deste ano, em que Dahlia era a própria vítima e acusava Yves de cometer assedio digital contra ela através das redes sociais. No entanto, o que aconteceu de fato é que Yves contestava as propagandas mentirosas pró-sionistas difundidas por Dahlia. Eles nunca se encontraram pessoalmente, o que não impediu que a justiça aceitasse a acusação falsa de que Yves enviava mensagens intimidadoras particulares para a suposta vítima.
Yves Engler reitera a sua inocência e denuncia que o caso foi reaberto porque está sendo perseguido judicialmente por denunciar o lobby sionista que tem aumentado no Canadá. ele resumiu sua denuncia desse lobby da seguinte forma:
“Juntas, as organizações United Jewish Appeal de Toronto, Montreal, Winnipeg, Windsor, Calgary, Edmonton, Hamilton, London, Ottawa, Vancouver e do Atlântico canadense arrecadam mais de 300 milhões de dólares anualmente e têm mais de 1 bilhão em ativos.”
“O braço de lobby da UJA/CJA, o Centro para Assuntos de Israel e Judeus (CIJA), tem mais de 40 funcionários e um orçamento de dez milhões. Além disso, a B’nai B’rith possui diversos escritórios pelo país. Esses grupos trabalham em estreita colaboração com ‘Stand With Us Canada’, ‘CAMERA’, ‘Israel on Campus’, ‘Honest Reporting Canada’ e outras organizações políticas nacionalistas israelenses (frequentemente de extrema-direita).”
Em 2022, Gil Hoffman do Honest Reporting, grupo de imprensa que defende o estado de “Israel”, já tinha deixado vazar informação sobre o tamanho envolvimento do governo do país com esses grupos lobistas, para que houvesse um trabalho em conjunto, que resulta na prática na união pela defesa do genocídio e sua propaganda.
O caso canadense expõe não apenas a já conhecia arbitrariedade do imperialismo para perseguir todos aqueles que denunciam o genocídio que acontece contra o povo palestino, mas também buscar reprimir ativistas como Yves Engler, com acusações com apelo identitário como assédio, mesmo que eles nunca tenham se encontrado pessoalmente.