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Brasil

Sionismo coordenou fuga de militar israelense criminoso

Fuga do soldado evidencia uma afronta à soberania nacional

O governo de “Israel” se envolveu diretamente na coordenação da fuga de Yuval Vagdani, soldado das Forças de Defesa de Israel, acusado de crimes de guerra na Faixa de Gaza. O caso, que veio à tona através de uma ação da Fundação Hind Rajab (HRF), uma organização belga que defende os direitos dos palestinos, revela como agentes do Estado israelense, em conluio com aliados no Brasil, atentaram contra a soberania nacional para evitar que o militar enfrentasse a justiça. O soldado foi denunciado por participação em ataques que resultaram na destruição de um bairro residencial em Gaza, em novembro de 2024, deixando dezenas de mortos.

A denúncia foi formalizada pela HRF junto à Justiça Federal brasileira no final de dezembro de 2024. A organização apresentou mais de 500 páginas de evidências, incluindo vídeos, fotografias e dados de geolocalização, que documentam a participação direta de Vagdani em ataques que demoliram quarteirões inteiros na região bloqueada de Gaza.

Segundo a advogada Maira Pinheiro, representante da HRF, “este indivíduo contribuiu ativamente para a destruição de casas e meios de subsistência, e as suas próprias declarações e comportamento alinham-se com os objetivos genocidas em Gaza”. A HRF também revelou que famílias palestinas cujas casas foram demolidas pelo exército israelense se juntaram à queixa como demandantes.

Em sua decisão, a juíza Raquel Soares Charelli, do Distrito Federal, autorizou a Polícia Federal a abrir uma investigação sobre os supostos crimes cometidos por Vagdani. No entanto, antes que as autoridades brasileiras pudessem agir, o militar fugiu do País, com suporte direto do governo israelense.

Segundo o jornal The Times of Israel, o pai do soldado afirmou que um amigo que viajava com ele recebeu uma mensagem de um escritório diplomático israelense, alertando sobre um suposto mandado de prisão. “Pedi que eles escapassem imediatamente e não ficassem nem mais um momento [no Brasil]”, declarou o pai do militar. Ainda na madrugada de 5 de janeiro de 2025, Vagdani e seu amigo deixaram o território brasileiro.

A fuga causou indignação entre defensores da justiça internacional. Em comunicado, a HRF acusou o governo israelense de coordenar a saída do soldado, afirmando que “há indícios de que as provas estão sendo destruídas”. A organização denunciou ainda que a ação configura “uma afronta à soberania e ao Estado de direito do Brasil” e alertou para a existência de padrões similares em outros casos.

Mais de mil militares israelenses estão sendo processados no Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra, incluindo genocídio e ataques deliberados contra civis em Gaza. As investigações realizadas pela HRF e outras organizações internacionais acumulam cerca de 8.000 vídeos e imagens que documentam atrocidades.

A Embaixada de Israel no Brasil reagiu à denúncia com uma nota, acusando a HRF de “explorar de forma cínica os sistemas legais para fomentar uma narrativa anti-Israel”. Segundo o documento, “os verdadeiros perpetradores de crimes de guerra são as organizações terroristas”, em referência ao Hamas.

A embaixada também destacou que a HRF é uma organização estrangeira, buscando deslegitimar a investigação. Porém, juristas brasileiros lembram que o Brasil, como signatário de tratados internacionais sobre direitos humanos e direito humanitário, tem o dever de investigar e punir crimes como genocídio e crimes de guerra.

A Fundação Hind Rajab leva o nome de uma menina palestina de cinco anos assassinada pelo exército israelense em Gaza. Hind sobreviveu a um ataque inicial que matou sua família, mas foi deixada sozinha em um carro cercado de corpos e, mais tarde, foi morta quando uma ambulância enviada para resgatá-la foi bombardeada. Esse caso emblemático representa o tipo de crueldade que a organização busca denunciar e combater em suas ações pelo mundo.

A repercussão do caso chegou à política brasileira. O ex-presidente Jair Bolsonaro defendeu abertamente o soldado israelense, chamando-o de “soldado do povo de Deus” em publicação nas redes sociais. Bolsonaro criticou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva por supostamente permitir o que chamou de “injustiça” contra o militar. “Caso fosse presidente da República, esse soldado do povo de Deus, ora perseguido, teria sido recebido por mim no Planalto com as devidas honras”, escreveu o ex-presidente fascista.

O apoio declarado por Bolsonaro reflete o alinhamento ideológico entre setores da extrema direita brasileira e o regime israelense. A declaração do ex-presidente contrasta com a obrigação do Brasil de assegurar que crimes dessa magnitude sejam investigados, conforme determinações do direito internacional. Enquanto isso, o governo Lula tem evitado se manifestar diretamente sobre o caso, mantendo uma postura cautelosa frente às pressões externas.

A atuação da HRF no Brasil é parte de uma campanha global para responsabilizar soldados e autoridades israelenses por crimes de guerra e violações de direitos humanos. Além do caso de Vagdani, a organização apresentou queixas semelhantes contra outros militares em países como Bélgica e Sri Lanka. As denúncias são fundamentadas em extensas investigações que documentam o uso de força desproporcional contra civis e infraestruturas palestinas.

O episódio envolvendo Yuval Vagdani expõe não apenas a impunidade que permeia as ações do regime israelense, mas também o conluio de seus aliados no Brasil para proteger um militar acusado de crimes contra a humanidade. A fuga do soldado evidencia uma afronta à soberania nacional e à independência do Judiciário brasileiro. O caso também coloca em xeque a capacidade do Brasil de fazer cumprir suas obrigações internacionais, especialmente diante de um governo estrangeiro disposto a sabotar processos judiciais para proteger seus interesses.

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