O Senado dos Estados Unidos bloqueou, no dia 7 de novembro de 2025, um projeto de lei que visava prevenir qualquer ação militar contra a Venezuela. A proposta, que tinha como objetivo impedir o uso da força militar contra o governo de Nicolás Maduro, foi derrubada por uma maioria no Senado.
O projeto de lei, apresentado por alguns senadores, tinha como premissa evitar uma nova escalada de tensões na região, particularmente após os crescentes relatos de movimentações militares dos Estados Unidos e de seus aliados. Apesar do apoio de alguns setores que defendem a não interferência na região, o Senado dos EUA rejeitou a iniciativa, destacando o controle da ala mais belicista sobre o legislativo do país.
O bloqueio não é uma surpresa. Os Estados Unidos têm tentado, desde a chegada de Hugo Chávez ao poder, minar qualquer tentativa de independência econômica e política da Venezuela. A estratégia de asfixiar o país com sanções econômicas e de bloquear sua integração regional tem sido acompanhada por ameaças militares explícitas. Mais recentemente, o governo de Donald Trump vem mobilizando tropas para a região, criando um clima de tensão militar nunca visto desde a crise dos mísseis em Cuba.
Com o bloqueio do projeto de lei, o Senado americano deixa claro que a campanha imperialista contra a Venezuela segue firme e sem qualquer tipo de freio. Além de aumentar as tensões diplomáticas, a decisão de impedir qualquer controle legal sobre possíveis ações militares abre caminho para uma escalada de agressões que pode afetar toda a região latino-americana.
O governo de Nicolás Maduro, por sua vez, segue resistindo à pressão externa. Em um comunicado, o ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, declarou que o país continuará sua luta por um futuro livre da intervenção estrangeira, reafirmando a disposição de dialogar com outros países, mas sem abrir mão de sua independência.





