Não sabemos onde os supostos esquerdistas que estão aplaudindo a absurda pena de 14 anos de prisão a uma mulher que escreveu com um batom na estátua do STF, “perdeu, mané”, militar, se é que são militantes.
Se um cidadão brasileiro, por ter feito algo tão inócuo, pode ficar 14 anos na prisão, o que se está fazendo é abrir um precedente muito perigoso. Qualquer coisa, a partir de agora, pode ser motivo para prisão. E não é qualquer prisão, são 14 anos! Escrever com um batom numa estátua seria tão perigoso quanto matar alguém.
Se fosse com tinta spray, com tinta de parede, se tivessem demolido a estátua com dinamite, ainda assim, tal pena seria escandalosa. O detalhe do batom serve apenas para mostrar que o Judiciário brasileiro, essa abominável instituição, está disposto a perseguir o cidadão a qualquer custo.
Voltando aos pseudo-esquerdistas. Onde essas pessoas militaram? Tal pergunta é importante porque qualquer militante de esquerda deveria achar a coisa mais normal do mundo pichar um muro, uma estátua, um prédio público. Isso faz parte da luta política e fazer isso por motivos políticos deveria ser um direito de qualquer cidadão.
Uma pessoa de esquerda que não entende isso e não fica muito preocupada com o que está acontecendo com essa mulher que pode ficar 14 anos presa, ou não é de esquerda ou sua militância foi formada nos gabinetes universitários e parlamentares. Só um esquerdista muito burguês pode ficar escandalizada com uma pichação com batom e não ficar escandalizada com uma pena de 14 anos para uma pessoa.
A esquerda que aplaude esse absurdo está cavando a própria cova, ou, para ser mais preciso, está abrindo a própria cela para entrar e não sair.
Se escrever uma frase com batom é um crime tão grave, então não se poderá fazer mais nada no País. Ocupar prédios públicos para protestar? Cadeia! Ocupar fazendas? Cadeia! Fazer piquetes de greve? Cadeia! Pichar muros? Cadeia! Será que a esquerda tradicionalmente faz coisas como essa? Claro que sim, porque esses são métodos legítimos de luta e não devem ser objeto de perseguição judicial ou policial de nenhum tipo.
A pretexto de “combater o fascismo”, o que é uma farsa porque o STF não combate fascismo, mas é fascista, a esquerda está instituindo um Estado ditatorial no Brasil.