Ato de 7 de outubro

‘Se nos levantamos, a Palestina não está sozinha’

Confira, na íntegra, fala do presidente do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), Ahmed Shehada

Uma das principais falas da manifestação em defesa da Palestina na ocasião dos dois anos da heroica Operação Dilúvio de Al-Aqsa foi de Ahmed Shehada. Presidente do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), um dos organizadores do ato, Shehada nasceu na Palestina, sendo impedido de voltar a sua própria terra durante décadas devido ao cerco sionista.

Ahmed Shehada iniciou sua fala relembrando e honrando os mártires que foram assassinados por “Israel” desde 7 de outubro de 2023:

“Não posso deixar de lembrar nossos mártires, que tombaram neste genocídio e nesta luta de resistência. Especialmente os líderes, como Ismail Hanié, e o líder do Dilúvio de Al-Aqsa, Iahia Al-Sinuar. O grande mártir Hassan Nasseralá, líder do Hesbolá. E todos os outros grandes mártires, aqueles cujos nomes sabemos e aqueles cujos nomes não sabemos; todos são grandes heróis”, afirmou o presidente do Ibraspal.

Ele também destacou a importância em apoiar a luta do povo palestino não só no sentido político, mas humanitário do problema:

“O que acontece hoje na Palestina não é apenas um conflito distante. É um teste para a consciência humana. A pergunta que nos desafia é: o que fazemos quando a dignidade humana é destruída diante de nossos olhos? Se ficamos calados, tornamo-nos cúmplices. Mas se nos levantamos, se falamos, se resistimos, então a Palestina não está sozinha.

Por isso, repetimos com fé e convicção: a Palestina viverá, a Palestina vencerá.”

Confira sua fala na íntegra

Antes de iniciar meu discurso, gostaria de parabenizar e agradecer de coração ao Coral Palestinando. Muito obrigado e parabéns! Queria saudar todas as companheiras e todos os companheiros aqui presentes, saudar a todos na mesa, agradecer e saudar o PCO, o Partido da Causa Operária, seu presidente e toda a direção nacional.

Neste dia, que marca a data do “Dilúvio de Al-Aqsa” e o início de um genocídio — o mais recente em 77 anos —, não posso deixar de lembrar nossos mártires, que tombaram neste genocídio e nesta luta de resistência. Especialmente os líderes, como Ismail Hanié, e o líder do “Dilúvio de Al-Aqsa”, Iahia Al-Sinuar. O grande mártir Hassan Nasseralá, líder do Hesbolá. E todos os outros grandes mártires, aqueles cujos nomes sabemos e aqueles cujos nomes não sabemos; todos são grandes heróis. Muitos na Palestina deram suas vidas nesta luta contra o imperialismo e contra a dominação desses monstros imperialistas, tanto no Iêmen, quanto na Palestina, no Líbano e em outros países.

No dia 7 de outubro, o mundo inteiro acordou com notícias que diziam “ataque surpresa de Gaza contra Israel” ou que “terroristas invadiram Israel”. Mas o que essas manchetes não dizem? Elas continuam, ainda hoje, escondendo o que aconteceu antes daquele dia, como se tudo tivesse começado em 7 de outubro. E até agora escutamos todos os dias a pergunta: “Mas quem começou?”. A resposta é sempre a mesma: “Tudo começou em 7 de outubro”.

Pela ignorância, é compreensível no início, mas depois de tanto tempo, se ainda não se entende, talvez não haja mais chance para entender. Será que os palestinos fizeram isso do nada? Ou, como disse Guterres, quando afirmou que o ataque “não veio do vácuo” e, por isso, foi acusado de ser antissemita e sofreu outros ataques? Será que foi porque os palestinos tinham excesso de poder e de armas, sabendo da extensão da dor e dos sacrifícios, ou eles foram forçados a fazê-lo?

Será que os palestinos realmente atacaram terras de outro Estado? Eles atacaram um país estrangeiro? Ou essas terras que, entre aspas, foram “invadidas”, eram suas próprias terras, conforme estipulado inclusive naquela injusta resolução da partilha que dividiu a terra palestina? Por aquela resolução, essas terras que foram “invadidas” pertencem aos palestinos que estão em Gaza, que foram expulsos daquelas terras e foram morar em Gaza por 75 anos, esperando que a ONU e a comunidade internacional obrigassem Israel a implementar suas resoluções, em principal, a Resolução 194, que obriga Israel a possibilitar aos palestinos expulsos o retorno para suas casas.

O reconhecimento de Israel, em 1949, não foi automático. Israel pediu o reconhecimento da ONU várias vezes, e este foi condicionado à implementação da Resolução 181, da partilha, que dava a eles 54% da Palestina — e não os 80% que ocupam agora — e da Resolução 194, que obriga Israel a permitir que o povo expulso volte para suas casas e suas terras. Israel declarou que se obrigaria a fazê-lo, mas nunca respeitou e nunca implementou essa resolução, assim como tantas outras.

São 200 resoluções do Conselho de Segurança desde 1948 até hoje que Israel não respeitou. Nenhuma. E isso são 200 resoluções aprovadas, sem contar aquelas que os Estados Unidos vetaram. Além dessas, há mais de 800 resoluções da Assembleia Geral. No total, mais de mil resoluções que Israel não implementou, colocando-se acima da lei.

E aquele povo que tenta voltar para sua casa? Alguém que é expulso de sua terra e tem todo o direito, com a mais alta corte de justiça da ONU, o supremo tribunal do direito internacional, afirmando que a terra é sua e que você tem o direito de voltar para lá, espera 75 anos por uma solução que nunca chega. Ninguém o ajuda e ninguém obriga Israel a respeitar a lei internacional. Quando esse povo tenta voltar para a casa de onde foi expulso, ele é um terrorista? Essa é a lógica esquisita da mídia ocidental e de outros que também a repetem, seja de esquerda ou de direita, que chamam isso de “ato terrorista”.

Será que também é verdade o que criminosos e idiotas continuam repetindo, que os palestinos estupraram mulheres e decapitaram crianças? Apesar de tantos inquéritos que provaram o contrário, não acharam uma única criança, não existe o nome de uma criança que tenha sido decapitada ou de uma mulher que tenha sido estuprada. E, mesmo depois de tanto tempo, ainda encontramos idiotas ou estúpidos repetindo isso. Se citarem o nome de uma, nós temos do outro lado 20 mil nomes e sobrenomes de crianças, declarados pela UNICEF, crianças que foram decapitadas de verdade por Israel. E ainda assim, eles insistem em crianças e mulheres fantasmas que não existem.

Durante 17 anos, a Faixa de Gaza esteve completamente cercada. Sem liberdade de movimento, sem eletricidade suficiente, sem água potável, sem medicamentos. Havia uma lista com 540 artigos de alimentação que Israel proibia de entrar. Esses 540 tipos de alimentos não podiam entrar em Gaza. Eles calculavam quantas calorias podiam entrar. Isso é vida? E o povo de lá, “do nada”, foi atacar? Ele foi cercado, privado de tudo, privado do direito de ir e vir.

Eu, pessoalmente, fiquei 26 anos sem o direito de ver minha família. Eu nasci em Gaza. Meus pais foram daqueles expulsos anos antes. Meu pai não conseguiu voltar para Jafa, de onde foi expulso. Eu saí para estudar e fiquei 26 anos sem poder voltar para ver minha família. Quando voltei, 26 anos depois, minha mãe já não estava viva, e muitos membros da família já não existiam mais. Depois disso, fiquei mais 12 anos privado de ver minha família.

Dentro dessa prisão, como falei, 75% do povo de Gaza é composto por refugiados que foram expulsos, e eu sou um deles. Eles esperaram 75 anos para poder voltar para suas casas. E aqueles que vivem lá hoje são filhos ou netos daqueles que foram expulsos justamente das cidades e aldeias que foram supostamente “invadidas”. Como alguém invade a própria casa? Ele tentou voltar para sua casa. E os que vivem lá são colonos importados da Europa e de outros lugares, sem nenhuma ligação com essa terra. Alguns até brasileiros, que foram mortos lá. Mas o que um brasileiro estava fazendo naquela terra?

Por 75 anos, esses refugiados esperaram que a comunidade internacional obrigasse Israel a respeitar a Resolução 194, que garantia o direito de retorno — que é explícito ali — e também a indenização. Não é retorno ou indenização, é retorno e indenização às suas casas. Mas nada aconteceu. O mundo assistiu calado ao cerco e à tortura em Gaza, enquanto Israel ocupava, colonizava e humilhava os palestinos, violando sistematicamente o direito internacional.

E em 7 de outubro, esse povo cercado e oprimido decidiu romper os muros da sua prisão. Decidiu voltar para suas terras, das quais foi expulso há 75 anos. Naquele dia, apenas 1.200 combatentes heroicos, a maioria do Hamas, enfrentaram 17 mil soldados covardes do exército terrorista de Israel. E o objetivo era um só: quebrar o cerco militar ao redor de Gaza, mantido por esses 17 mil soldados em várias bases militares. Eles quebraram todas essas bases em 60 quilômetros ao redor de Gaza, de forma sincronizada.

Esses soldados covardes fugiram na frente dos 1.200 combatentes. Fugiram para longe e fizeram a única coisa que sabem fazer, como estão fazendo agora em Gaza, pois não têm coragem de combater frente a frente com um combatente palestino. De longe, começaram com artilharia, tanques, helicópteros e aviões a bombardear aqueles lugares, aquelas aldeias onde moravam seus colonos, seus civis. Mataram a todos. Para eles, é melhor aplicar o “Protocolo Aníbal”, que consiste em matar a todos para que ninguém seja feito prisioneiro.

Quando falo isso, tenho provas deles, inquéritos feitos por eles, pelo próprio exército. Muitas mídias fizeram investigações e não acharam nenhuma mulher estuprada. Nos primeiros dias, todos lembram, falaram em 1.400 mortos israelenses. Passados alguns dias, disseram que eram 1.200. E onde foram parar os outros 200? Disseram que acharam, entre os mortos e queimados na rave, 200 corpos de palestinos. Então, quem queimou esses 200 palestinos lá na rave? O palestino se queimou sozinho?

Então, foi um terceiro que queimou os civis que não eram palestinos, e esse mesmo queimou os palestinos que estavam entre eles. Porque, com a artilharia e o bombardeio contra esses lugares, muitos palestinos buscaram abrigo na rave. Foram atacados pelos helicópteros e aviões israelenses, que tentaram matar o máximo possível, e entre eles, mataram combatentes palestinos. Na verdade, quem matou a todos, tanto palestinos quanto os participantes da rave, foi o exército israelense. Quem incendiou os carros dos colonos foi um helicóptero. Os palestinos não tinham aviões, artilharia ou armas pesadas. E por tudo o que eles fizeram, acusaram os palestinos.

Aqui eu pergunto: quem é o terrorista? O povo que tenta regressar à sua casa ou o exército que o expulsou, cercou, bombardeia e mata há décadas?

O que aconteceu depois de 7 de outubro foi uma resposta brutal e planejada. Israel lançou sobre Gaza a mais devastadora campanha de extermínio da história. Mais de 77 mil palestinos foram mortos, entre eles milhares de crianças e mulheres. O número registrado é de 20 mil crianças. Temos milhares sob os escombros, estima-se 15 mil. Temos milhares de desaparecidos que não sabemos se Israel levou como prisioneiros, sequestrou e matou nas prisões. A cada semana descobrimos mortos sob tortura nas prisões. Ou estão sob os escombros. Muitas famílias não sabem onde estão seus familiares.

Matar crianças e mulheres também não é um acontecimento colateral. É feito deliberadamente, guiado por ordens militares e doutrinas religiosas. Infelizmente, usam a religião para matar. Vocês já ouviram rabinos do exército israelense que falam que “matar crianças faz parte da nossa doutrina bíblica”? Imaginem isso. Que doutrina é essa? Que Deus é esse que manda fazer isso? (E se alguém quiser me processar por dizer isso, que bom! Porque está tudo gravado e dito pelos próprios rabinos). E não só um, vários rabinos falaram isso.

Esses rabinos são sionistas. Perguntaram a um deles, Eliyahu Mali, como se deve matar uma criança. Ele responde: “Vou te explicar. Esse terrorista contra quem estamos lutando agora é aquela criança que não matamos há 20 anos. Portanto, mate essa criança hoje para que ela não se torne um terrorista daqui a 20 anos”. E a mulher? Ele responde: “Quem vai criar essa criança? A mulher. Temos que matá-la também”. Essa é uma doutrina sionista que envergonha qualquer religião. A religião não é isso. Conheço muitos judeus verdadeiros que não pensam assim. Temos irmãos, como o rabino que esteve aqui e pensa exatamente como nós. Essa doutrina envergonha a religião judaica. São eles que causam o chamado antissemitismo, que são o principal perigo para os judeus. O comportamento deles causará insegurança para judeus inocentes no mundo todo.

Desde o primeiro dia, Netanyahu e seus aliados, apoiados por grande parte da mídia ocidental, lançaram uma grande guerra de fake news. Inventaram histórias falsas, acusações, atrocidades e imagens manipuladas, tudo para satanizar o povo palestino e justificar um genocídio planejado. Essa tática não é nova. Eles precisam desumanizar o palestino para que o mundo aceite sua morte. Precisam transformar as vítimas em agressores e os agressores em vítimas.

Mas o mundo começa a enxergar. Juristas, intelectuais, jornalistas e até militares israelenses reconhecem que Israel usa o pretexto da segurança para justificar a limpeza étnica. O verdadeiro objetivo não é proteger ninguém, é eliminar o povo palestino: fisicamente, politicamente e identitariamente.

A resistência é um direito, não um crime. O direito internacional é claro: um povo submetido à ocupação estrangeira tem o direito de resistir. A Carta das Nações Unidas, em seu artigo 1º, e resoluções como a 3070, 3246 e 3314, afirmam que os povos sob ocupação ou dominação colonial podem lutar por sua libertação, inclusive pela resistência armada. Foi assim no Vietnã, na Argélia, em Angola, na África do Sul e é assim na Palestina. Até mesmo na França, o direito de resistência contra a ocupação foi utilizado.

Portanto, os combatentes palestinos não são terroristas, e a resistência não é terrorismo. Eles são filhos de um povo sob ocupação que luta pelo mesmo direito que libertou tantos outros povos colonizados. Rotular sua resistência como terrorismo é negar à Palestina o direito à liberdade que outros povos conquistaram com orgulho. É injusto, é ignorância e é uma vergonha.

Enquanto Gaza é bombardeada, nas prisões israelenses há mais de 9.900 palestinos. Este é um número estimado, porque temos muitos sequestrados de Gaza cujo paradeiro é desconhecido. Centenas deles são crianças, centenas estão sem acusações ou julgamento, em detenção administrativa sem limite. Além disso, há vários relatos sobre tortura física, psicológica, sexual e estupro, tanto para homens quanto para mulheres. Temos casos, sabemos nomes e sobrenomes. Um médico foi estuprado até a morte após ser sequestrado de Gaza.

Senhoras e senhores, companheiras e companheiros, não haverá paz sem justiça. E não haverá justiça enquanto o direito internacional for violado impunemente. Assim como o mundo se uniu contra o regime de Hitler e contra o apartheid da África do Sul, o mundo precisa se unir contra o regime sionista, que hoje comete crimes de guerra e crimes contra a humanidade que ultrapassam, muitas vezes, o que Hitler fez.

Em conclusão, a verdade precisa ser dita com clareza. A guerra contra o povo palestino não começou em 7 de outubro de 2023. Ela começou com a criação da chamada Entidade Sionista sobre a terra da Palestina, fruto da usurpação violenta das terras palestinas, da expulsão forçada de seu povo e dos massacres cometidos pelas gangues terroristas sionistas, que posteriormente foram transformadas no exército mais monstruoso e desumano do mundo e da história.

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