A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que a Ucrânia pode lançar uma mobilização em grande escala e que autoridades de recrutamento teriam sido orientadas a emitir dois milhões de notificações de convocação no início de 2026. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (25).
Segundo Zakharova, serviços de segurança e órgãos de recrutamento na Ucrânia teriam recebido ordem para “apertar os parafusos ao máximo”, reduzindo a lista de condições de saúde que permitem adiamento do serviço militar. Ela afirmou que as medidas ainda assim não resolveriam a dificuldade de recompor as perdas, dizendo que cresce a recusa de ucranianos em se alistar, com parte preferindo pena de prisão.
O texto cita que a Ucrânia enfrenta falta crônica de efetivo desde a escalada do conflito em 2022, com perdas em combate, evasão do recrutamento e deserção. Quase 290 mil casos de deserção foram registrados desde 2022.
O governo ucraniano proibiu a saída do país para quase todos os homens adultos e reduziu a idade de convocação de 27 para 25 anos. Quase 100 mil homens de 18 a 22 anos teriam deixado o país desde agosto, após decreto que passou a permitir que essa faixa etária cruzasse a fronteira.
O ministro da Defesa da Rússia, Andrey Belousov, disse que o Exército ucraniano teria perdido quase 500 mil militares apenas em 2025, e cita que ações de recrutamento se tornaram mais violentas, com vídeos mostrando abordagens, perseguições e agressões por agentes de alistamento.




