Nesta segunda-feira (27), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sancionou a lei que ratifica o Tratado de Parceria Estratégica e Cooperação entre a Federação da Rússia e a República Bolivariana da Venezuela. O acordo amplia a colaboração em energia, defesa e infraestrutura financeira.
O acordo celebra uma nova etapa entre Rússia e Venezuela. O documento consolida o alinhamento político e econômico, reforçando o compromisso de atuar juntos em defesa da soberania e contra as sanções impostas pelo imperialismo aos dois países.
O tratado destaca que ambos os governos “se opõem resolutamente a medidas coercitivas e restritivas unilaterais”, especialmente as de caráter extraterritorial, por representarem uma violação da Carta das Nações Unidas e dos princípios do direito internacional.
No campo militar, o tratado prevê o fortalecimento da cooperação em defesa e segurança, reconhecida como essencial para a estabilidade regional e global. A parceria abrange também ações de controle de armamentos, desarmamento e não proliferação de armas, em prol da segurança igualitária entre as nações.
Em relação à cooperação energética, o tratado inclui o desenvolvimento de novos campos de petróleo e gás natural e a ampliação das operações de comercialização de petróleo entre os dois países, de forma mutuamente benéfica. Na estrutura financeira, o acordo busca diminuir a dependência do sistema bancário imperialista e facilitar as transações diretas entre os dois países.
Na área cultural e humanitária, o tratado contempla a cooperação cultural e humanitária, promovendo eventos conjuntos e intercâmbios esportivos. A iniciativa visa fortalecer os laços entre os povos russo e venezuelano, ampliando o alcance da parceria estratégica para além da esfera política.
Apesar de o acordo ter sido assinado ainda em 7 de maio do ano corrente em Moscou, às vésperas das comemorações do 80º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista, o sancionamento do tratado ocorre em meio à crescente tensão entre o imperialismo, através dos Estados Unidos, contra a Venezuela.
Na última quarta-feira (22), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que possui 5.000 mísseis antiaéreos portáteis de fabricação russa para se defender do que chamou de ameaça militar dos EUA. Este modelo de míssil já foi testado em exercícios militares ordenados por Maduro em resposta à presença militar americana.
“Qualquer força militar do mundo conhece o poder dos Igla-S. A Venezuela tem nada menos que 5.000 Igla-S em postos-chave da defesa antiaérea para garantir a paz”, afirmou Maduro em ato transmitido na televisão, acompanhado por integrantes do alto comando militar.





