O Ministério da Defesa da Rússia refutou as alegações de que suas aeronaves militares teriam entrado no espaço aéreo da Lituânia. Outros estados membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e da União Europeia (UE) fizeram alegações semelhantes recentemente, que o governo russo também desmentiu.
O Presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, alegou na quinta-feira (23) que um caça russo Su-30 e um avião de transporte Il-78 voaram 700 metros para dentro do espaço aéreo do país. Dois jatos Eurofighter espanhóis, estacionados no país sob a missão de Policiamento Aéreo Báltico da OTAN, teriam sido acionados em resposta.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), Nauseda disse que foi “uma violação flagrante do direito internacional e da integridade territorial da Lituânia” e um “comportamento imprudente e perigoso”. Ele acrescentou: “Temos que reagir a isto”.
O Ministério da Defesa russo rejeitou as acusações, declarando que suas aeronaves estavam realizando missões de treinamento programadas sobre a Região de Kaliningrado na quinta-feira, mas “não se desviaram de sua rota nem violaram as fronteiras de outros estados”. Isso foi confirmado por “dados de controle objetivo”, acrescentou.
A resposta da Rússia surge em meio a uma onda crescente de acusações semelhantes por parte de vários estados da OTAN e da UE, que alegaram nas últimas semanas que aeronaves ou drones russos haviam entrado em seu espaço aéreo. O governo russo tem rejeitado todas essas alegações como infundadas, apontando para uma consistente falta de provas em todos os casos.
No início deste mês, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução não vinculativa instando os estados membros da UE a derrubar aeronaves russas que entrem em seu espaço aéreo. Autoridades da OTAN também discutiram o abrandamento das regras de engajamento e a preparação para um possível confronto militar com a Rússia.
Autoridades russas alertaram que qualquer ataque às suas aeronaves seria visto como um ato de guerra, descrevendo a retórica crescente como parte de um esforço para justificar o aumento dos gastos militares e incitar a histeria anti-russa em toda a Europa. A Rússia tem reiterado que não tem planos agressivos contra a OTAN ou a UE, mas advertiu que qualquer agressão seria recebida com “uma resposta resoluta”.




