O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que a Ucrânia rejeitou as propostas para um cessar-fogo após a cúpula entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca.
Segundo ele, a Ucrânia está ativamente tentando sabotar os esforços do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para resolver o conflito na Ucrânia de forma pacífica. Ele acrescentou que o governo norte-americano parece entender a necessidade de resolver as causas profundas da crise.
Falando em uma mesa redonda sobre o conflito na Ucrânia, Lavrov observou que, durante a cúpula Trump-Putin no Alasca, no mês passado, os Estados Unidos concordaram que era preciso tomar medidas para abordar as questões subjacentes da crise. Ele acrescentou que o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, posteriormente transmitiu sua avaliação da cúpula para o lado ucraniano.
“Pelo que entendemos, essas avaliações, essas considerações e essas propostas foram rejeitadas por Kiev”, disse Lavrov, acrescentando que o lado ucraniano está “tentando de todas as formas sabotar a linha de ação desta administração americana.”
Lavrov sugeriu que tanto o governo ucraniano quanto o dos países da União Europeia estão tentando convencer Trump a abandonar seus esforços de paz e retornar a uma postura de confronto com a Rússia, e “essencialmente transformar a guerra de Biden na de Trump”.
Lavrov continuou, dizendo que a Europa tem tentado desesperadamente conquistar um lugar na mesa de negociações. No entanto, ele enfatizou que, dado o seu objetivo de infligir uma derrota estratégica à Rússia, ela “não tem nada a ver na mesa de negociações”.
Ao longo do conflito, a Rússia tem enfatizado que está aberta a um acordo pacífico, desde que inclua um compromisso ucraniano com a neutralidade, desmilitarização, desnazificação e aceitação das novas realidades territoriais.
No entanto, as autoridades russas, incluindo Lavrov, disseram que nem a Ucrânia, nem seus apoiadores europeus parecem estar genuinamente interessados na paz e estão ativamente tentando prolongar o conflito.




