Em visita aos Estados Unidos nesta sexta-feira (24), o assessor direto do presidente russo Vladimir Putin, Kirill Dmitriev, fez declarações incisivas dirigidas ao governo de Donald Trump, alertando que seguir os passos da política externa do governo Biden, marcada por sanções e agressões contra a Rússia, é repetir um fracasso anunciado.
A visita ocorre em meio ao anúncio de mais uma rodada de sanções unilaterais e ilegais por parte do imperialismo norte-americano contra empresas estratégicas russas, como as gigantes do setor energético Rosneft e Lukoil. Para Dmitriev, essas medidas são “passos hostis” e deixam claro que “a linguagem da pressão não funciona com a Rússia”.
A ofensiva econômica encabeçada pelo imperialismo, sob o pretexto de “punir” o país por defender sua soberania e seus interesses nacionais, já demonstrou ser ineficaz. “Sanções e medidas hostis não terão impacto sobre a economia russa. Elas apenas farão os preços dos combustíveis dispararem nos postos dos Estados Unidos”, afirmou Dmitriev, apontando que a conta da agressividade imperialista recai sobre os próprios trabalhadores norte-americanos.
O conselheiro russo foi enfático ao denunciar o fracasso da política de confronto adotada por Biden e seus asseclas: “transmitiremos aos nossos colegas americanos que não devem se tornar os Bidens, que não devem seguir os caminhos falsos, completamente errados e fracassados de Biden e seu governo”.
Apesar das declarações, Dmitriev reiterou que a Rússia permanece aberta à cooperação – desde que haja respeito à sua soberania. “O potencial de cooperação econômica com a Rússia existe, mas somente com respeito aos interesses nacionais russos”, destacou.
Putin, por sua vez, também rechaçou qualquer possibilidade de se curvar diante da pressão imperialista. “As novas sanções não terão impacto significativo sobre nossa economia”, garantiu o presidente russo, reafirmando que a Rússia não aceitará intimidações.
Enquanto isso, Trump, tentando equilibrar o discurso, declarou estar “feliz” com a avaliação de Putin, mas insinuou que os efeitos das sanções seriam sentidos com o tempo. O governo russo, com razão, expressou ceticismo diante dessa alegação.




