Na sexta-feira (17), o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, participou de sua entrevista semanal na TV 247. Um dos principais tópicos de discussão foi a vitória do Hamas na Faixa de Gaza com a conquista do acordo de cessar-fogo.
Rui comentou: “o cessar-fogo na Palestina é uma vitória histórica das pessoas que lutam contra o imperialismo. É difícil até de comparar com outro evento histórico. Há grupos como o Hamas, a Jiade Islâmica e a FPLP, que durante 15 meses combateram todas as forças do imperialismo mundial, em túneis, em uma faixa de terra do tamanho de um bairro de São Paulo, sob intensos bombardeios e assassinatos de lideranças. Eles lutaram durante 15 meses e impuseram a sua vontade ao governo israelense e a todo o imperialismo mundial.
É uma proeza inacreditável. É uma derrota muito grande para o sionismo, muito grande para o imperialismo. Não é definitiva, mas é uma derrota. O imperialismo não atingiu nenhum de seus objetivos. É a primeira vez na história de ‘Israel’ que eles realmente perderam uma guerra. O que a resistência fez é indescritível, é algo extraordinário. Eu realmente tenho dificuldade de explicar o que aconteceu de tão extraordinário.”
O presidente do PCO ainda comparou a luta do Hamas com a vitória dos vietnamitas e dos cubanos descrevendo a vitória do Hamas como ainda mais impressionante.
Ele afirma: “eu sempre tive uma admiração sem limites pelos vietnamitas. O enfrentamento com o imperialismo francês, japonês e depois dos EUA. Eu não comungava com a ideologia do Partido Comunista do Vietnã, mas o que eles fizeram foi extraordinário. Mas o povo palestino supera esse feito. O Vietnã tinha um Estado no norte. Tinha um apoio confuso da URSS e da China, ou seja, tinha recursos.
Os palestinos, com exceção do Iêmen, do Hesbolá e de outros grupos guerrilheiros, lutavam sozinhos. Nós temos que desfrutar dessa vitória, independentemente do que aconteça amanhã. Se amanhã Netaniahu for obrigado a voltar com a guerra, será na base de uma crise muito maior. É uma vitória extraordinária. É difícil definir o tamanho dessa vitória.
É difícil entender as condições em que eles estavam lutando. Por exemplo, Fidel Castro teve um inimigo muito mais fraco, sem tirar o mérito de Fidel. Aqui era todo o imperialismo: EUA, Inglaterra, França, todos os serviços de inteligência. E ainda assim os palestinos saem vitoriosos. É uma coisa inacreditável”.