A edição desta terça-feira (12) da Análise da 3ª, transmitida pela Rádio Causa Operária, começou com uma análise aprofundada da guerra da Ucrânia, com Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), avaliando o enfraquecimento sistemático das forças ucranianas. Ele citou uma carta aberta de um ex-comandante do Batalhão Azov ao presidente ucraniano Vladimir Zelensqui, que descreve a situação na linha de frente como “completamente ferrada”.
Segundo Pimenta, essa situação “não é uma coisa estranha, porque pelo número de perdas, pelo dinheiro que tá sendo gasto aí, pelos problemas que agora a Ucrânia enfrenta com os Estados Unidos, bem natural que a coisa tenha caminhado para se degringolar”. O dirigente mencionou que os russos estariam à beira de franquear a fronteira do Donbas e que o avanço mais rápido das tropas russas se deve à diminuição da artilharia ucraniana e a problemas de recrutamento do exército de Zelensqui. Sobre as negociações, Pimenta afirmou que “dependem inteiramente do que tá acontecendo no terreno de combate”, pois para o imperialismo não faz sentido encerrar o conflito agora.
O programa também analisou a dificuldade de Donald Trump em lidar com as guerras na Ucrânia e em “Israel”. Rui Costa Pimenta destacou a “pressão muito grande” que o presidente enfrenta, sugerindo que ele “não tem força para enfrentar decisivamente o aparato imperialista dentro do estado norte-americano”. Essa falta de força tem gerado insatisfação em sua base, confirmando a análise do PCO de que o governo Trump não representa a totalidade da burguesia imperialista norte-americana. Pimenta também comentou a decisão de Trump de aumentar a recompensa por informações sobre o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, classificando a ação como um “gesto publicitário” e uma I que demonstra pressão interna.
Em relação à economia nacional, Rui Pimenta criticou a afirmação do governo Lula de que o Brasil saiu do “mapa da fome” e que houve um crescimento econômico que diminuiu o número de beneficiários do Bolsa Família. Para ele, essa é a “imaginação do pessoal”, pois “a situação do povo é lamentável” e “não muda nada” o fato de que o país “está caindo aos pedaços”. O presidente do PCO afirmou que “essa política do ‘está tudo bem’ ou ‘estamos indo tudo bem’ por parte do governo” gera “uma certa indisposição de vários setores com o governo”, já que “o cidadão que está passando fome… ele sabe que é mentira”.
Um debate com ouvintes abordou o identitarismo, que Rui classificou como uma “atividade policialesca”, pois busca “a aprovação de leis para reprimir determinado tipo de manifestação contra certos grupos sociais”. Ele fez questão de distinguir a crítica ao identitarismo da defesa dos oprimidos.
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