Análise Internacional

Rui Pimenta: ‘execução de colaboracionistas é normal em guerras’

Presidente do PCO denuncia hipocrisia dos que apoiaram o genocídio em Gaza e agora atacam a resistência palestina

A hipocrisia de setores da direita e da esquerda que apoiaram o genocídio de dezenas de milhares de palestinos, mas agora se escandalizam com a execução de colaboradores armados, é “repugnante”, afirmou Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO). “Não sei quem eles querem convencer com esse tipo de conversa, mas sou obrigado a dizer o óbvio”, declarou, ao defender as ações da resistência palestina como uma medida legítima de guerra. “O pessoal estava lutando ao lado dos ocupantes, foram eliminados. É uma hipocrisia total de pessoas que apoiaram a morte de crianças”.

Durante o programa Análise Internacional, Pimenta criticou duramente a postura dos que atacam a resistência. “O comportamento deles é subumano. São ferozes em massacrar os outros quando têm todas as facilidades, e quando partem para cima deles, começam a chorar. É algo muito revoltante”, afirmou, comparando a execução dos colaboradores ao que ocorreu na França após a derrota dos nazistas.

A derrota de ‘Israel’ por trás do acordo

Para o presidente do PCO, o acordo de cessar-fogo foi resultado direto da derrota militar de “Israel”, incapaz de sustentar o conflito. “O exército israelense está abrindo o bico. Um porta-voz das forças armadas sionistas falou que eles tiveram 20 mil baixas. Olha só: 20 mil para uma sociedade como a deles é coisa de louco”, destacou.

Segundo Pimenta, a situação tornou-se insustentável para o regime sionista. “Se as forças armadas sionistas estivessem indo bem, iam em frente. Por que parar? Para que fazer acordo?”, questionou. Para ele, o fato demonstra a vitória da resistência. “Quando a sociedade não aguenta e começa a se voltar contra o próprio governo, é derrota militar. Porque não é só ter armas e canhões. É preciso ter um exército coeso e motivado”.

Agressão à Venezuela

Ao comentar as ameaças de Donald Trump de autorizar operações letais da CIA na Venezuela, Pimenta classificou a medida como “uma agressão muito grande” e criticou a postura subserviente da imprensa brasileira que a apoia. Ele rejeitou qualquer pretexto para a intervenção, denunciando a tentativa dos Estados Unidos de se apresentarem como juízes da soberania de outras nações. “O que ele é, o tutor da humanidade? Não faz o menor sentido isso”, disse.

Para o dirigente do PCO, é necessário preparar-se para o pior cenário e reagir. “Devemos partir do princípio de que vai haver agressão. Temos que olhar a coisa pelo pior ângulo possível e é preciso fazer uma grande campanha contra a intervenção imperialista”.

O papel da esquerda brasileira

Pimenta também denunciou a política de setores da esquerda brasileira, em especial o senador Jaques Wagner (PT-BA), que defendeu que o Hamas deveria ser “exterminado”. “Isso é uma posição criminosa. É uma defesa aberta do extermínio do povo palestino, ainda mais quando sabemos que o Hamas é um partido amplamente majoritário na população de Gaza”, afirmou.

O presidente do PCO classificou a posição do senador como de direita e fascista. “Quero deixar claro que o senhor Jaques Wagner é de direita. Não adianta botar a estrelinha do PT no peito. Isso é só um disfarce. Quem apoia o sionismo é de direita, ainda mais depois de tudo o que aconteceu”, concluiu.

Sinuar, o maior herói palestino

Ao final, Pimenta afirmou que Iahia Sinuar, líder do Hamas assassinado em combate, se tornará um dos maiores heróis da história palestina, superando nomes como Iasser Arafat. A recusa de “Israel” em devolver seu corpo, segundo ele, é uma tentativa deliberada de impedir que seu túmulo se torne um local de culto à resistência. “Se você enterrar o Sinuar em determinado lugar, aquilo vai se transformar em uma espécie de culto. O culto dos heróis da resistência palestina. Eles não querem isso”.

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