Rádio Causa Operária

Rui Pimenta: esquerda está se afundando ao defender o Estado

Nessa sexta-feira (8), ocorreu uma edição especial do programa Análise da 3ª

Em uma edição especial da Análise Política da 3ª, exibida na sexta-feira (8), Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, analisou a guerra na Ucrânia e as negociações de paz, que considera ineficazes. Ele qualificou o presidente ucraniano Vladimir Zelensqui como um “testa de ferro do imperialismo”, afirmando que “o imperialismo não quer acabar com o conflito na Ucrânia de maneira nenhuma”. Para Pimenta, o objetivo é evitar uma vitória russa, e as negociações de paz, mesmo as propostas por Donald Trump, são ineficientes, pois a “pressão do imperialismo é muito grande”.

Pimenta também comentou a crescente manipulação de eleições em países do Leste Europeu. Ele citou o caso da Romênia e, mais recentemente, da Moldávia, onde uma candidata eleita foi condenada a sete anos de prisão. Ele vê esses eventos como uma “brasilização do regime político” e um sinal da “decadência total da chamada democracia política”. Para ele, o imperialismo manipula as eleições para “liquidar a própria democracia para continuar dominando”.

Em um dos pontos mais irônicos do programa, Pimenta comentou sobre a deputada de extrema-direita americana Marjorie Taylor Green, que denunciou o lobby sionista AIPAC. A deputada afirmou ser uma das poucas parlamentares que “não é propriedade da AIPAC” e criticou o envio de dinheiro americano para “países estrangeiros e guerras no estrangeiro“. Rui Pimenta considerou a declaração “extraordinária”, pois demonstra que as coordenadas políticas de “democracia e fascismo” não representam a luta política mundial.

A conversa se estendeu para as inovações tecnológicas, especificamente o lançamento do ChatGPT-5. Pimenta criticou a preocupação da imprensa tradicional com a “segurança” da inteligência artificial, sugerindo que a única segurança que realmente importa para o imperialismo é que ela “não seja usada para o bem”. Ele ridicularizou a ideia de um “Exterminador do Futuro”, classificando-a como “bobajada”. Para ele, a inteligência artificial já está sendo usada para fins militares e de repressão, como no caso do genocídio em Gaza, e essa tecnologia “tem de escapar do controle do imperialismo”.

A censura nas redes sociais também foi um ponto de discussão. Pimenta reagiu ao caso de Jones Manoel, youtuber do PCBR que teve sua conta no Instagram bloqueada e imediatamente devolvida pela Meta. Para Pimenta, isso é um “muito estranho” e uma “proeza” que “mostra que o nosso amigo aí ele tem conexões importantes”.

Rui Pimenta também condenou a ideia de regulamentar a inteligência artificial, classificando-a como uma política “pró-imperialista”. Ele afirmou que a “governança” mencionada por Lula significa “colocar na mão do imperialismo”. Em vez de regular, o Brasil deveria desenvolver sua própria tecnologia, assim como a China, para evitar que o país fique “cada vez mais para trás”.

O programa dedicou uma parte significativa à política nacional, com destaque para a crise do Supremo Tribunal Federal (STF) e a Lei Magnitsky. Pimenta chamou a situação de “meio que um episódio ridículo”, onde a ameaça de sanções contra um ministro do STF por parte dos EUA gerou uma “tremedeira generalizada nas instituições democráticas brasileiras”. Ele classificou a reação dos ministros como uma “capitulação”, mostrando que, diante de um ataque à soberania, não há “nenhuma esperança” com as atuais lideranças.

Ele criticou a suposta política de entrega de riquezas naturais, como as “terras raras brasileiras”, em troca da suspensão das tarifas americanas. Pimenta argumentou que essa seria uma política “entreguista” e “capituladora”.

Pimenta concluiu a entrevista lamentando o estado da esquerda brasileira, que, segundo ele, está “se afundando” ao defender o “Estado democrático de direito”. Ele argumentou que essa postura é “um equívoco total e completo” e vai contra os princípios marxistas. Para Pimenta, a esquerda brasileira, ao defender o STF, está defendendo a burguesia e um “programa ultra-reacionário” que avança sobre os direitos do povo, em vez de focar na luta contra o capitalismo e o imperialismo.

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