Em uma entrevista a Leonardo Attuch na TV 247, o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, se mostrou cético em relação à cúpula entre Donald Trump e Vladimir Putin no Alasca, mas sugeriu a possibilidade de que se trate de um “lance político que pese sobre a negociação em torno da questão ucraniana”.
Pimenta defendeu a vitória da Rússia no conflito, afirmando ser difícil que “o imperialismo consiga sustentar a situação mais tempo”. Ele atribuiu a vitória russa à “política de gradualismo, de cautela para evitar perdas”, contrastando com as expectativas de uma crise interna na Rússia que não se concretizou.
Sobre a política russa, Pimenta a descreveu como uma guinada à esquerda, afirmando que a União Soviética é “uma bandeira do regime”. Ele ainda disse que “isso deveria chamar a atenção de todo mundo, porque é um regime nacionalista que tem uma propensão geral a ser um regime social, a ser um regime popular”.
Sobre a situação nacional, o entrevistado se manifestou veementemente contra a regulação da internet, classificando o caso do youtuber Felca como uma “operação política” para justificar a censura. Pimenta acusou a imprensa tradicional, como a Folha de S.Paulo e a rede Globo, de usar a defesa das crianças como pretexto, citando diretamente:
“A Folha de S.Paulo apoiou durante dois anos o massacre permanente de crianças em Gaza. Então, me desculpem, mas eu não levo a sério defensores de assassinos de criança querendo defender as crianças para censurar a Internet.”
Ele defendeu a liberdade de expressão irrestrita, comparando a proibição de menores em redes sociais a um ato “nazista” e “1984, puro e simples”. Pimenta utilizou um argumento de Marx para ilustrar seu ponto, dizendo que é um “raciocínio absurdo” proibir algo apenas porque pode ser usado para fins maléficos, da mesma forma que não se deve cortar a mão de alguém por ela poder ser usada para matar.
Sobre as eleições de 2026, Pimenta viu na recente fala de Tarcísio de Freitas contra o presidente Lula um “balão de ensaio” para sua candidatura presidencial, classificando-o como o candidato do imperialismo. Segundo ele, o objetivo de Tarcísio, se eleito, seria “acabar de entregar o país para o imperialismo”.





