Em meio às propostas de um suposto plano de paz apresentados pelos Estados Unidos e “Israel”, o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, divulgou um vídeo nas redes sociais convocando a população para um ato nacional em defesa da resistência palestina. O evento está marcado para a próxima terça-feira, 7 de outubro, em São Paulo, e a data não foi escolhida por acaso: ela marca os dois anos da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, deflagrada pelo Hamas.
No vídeo, Pimenta criticou a iniciativa diplomática, que ele enxerga como uma forma de “consumar o genocídio em Gaza”. Segundo o presidente do PCO, é crucial que as pessoas se manifestem “pela Resistência palestina, pela defesa dos palestinos, contra o genocídio, contra os crimes do sionismo”. Pimenta ainda condenou o que ele vê como um esforço para “desarmar a Resistência e entregar os palestinos desarmados à sanha do sionismo”.
A convocação do ato surge em um cenário de intensa pressão internacional e de uma crise humanitária que se aprofunda a cada dia em Gaza. Informações recentes apontam para um colapso quase total da infraestrutura civil, com hospitais sem condições de funcionamento e uma escassez crítica de alimentos, água e medicamentos.
O evento é organizado pelo PCO e pelo Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal) e busca defender os dois anos de Resistência ao genocídio, condenar e denunciar os crimes do sionismo. O local, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), foi alterado depois que uma campanha de grupos sionistas resultou no cancelamento da reserva inicial na Academia Paulista de Letras. A mudança demonstra a pressão exercida sobre os organizadores, mas também a sua determinação em não ceder.
A Operação Dilúvio de Al-Aqsa, deflagrada em 7 de outubro de 2023, é o ponto central da celebração do ato. Considerada um feito na luta dos povos oprimidos, a operação surpreendeu o sistema de segurança israelense. A capacidade da resistência em infligir baixas e capturar soldados israelenses tem sido decisiva, permitindo a negociação para a libertação de prisioneiros palestinos. A convocação do ato gerou uma forte reação na imprensa burguesa e entre grupos políticos de extrema direita no Brasil. Parlamentares entraram com representações no Ministério Público de São Paulo e no Ministério Público Federal para tentar impedir a realização do evento, uma política que os organizadores veem como uma tentativa de censura e uma violação das liberdades democráticas. A realização do evento no novo local, a APEOESP, demonstra que o movimento de apoio à resistência palestina não se curvará diante das provocações sionistas.
O companheiro Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, convida todos a participarem do ato em memória aos Dois anos da Operação Dilúvio de Al-Aqsa!
No momento em que o governo criminoso dos Estados Unidos e o próprio Netaniahu apresentam um plano, supostamente de paz, para consumar… pic.twitter.com/pGZc3pEHHr
— PCO – Partido da Causa Operária (@PCO29) October 3, 2025





